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Um esboço histórico da Babilônia
NAS PÁGINAS de história não existem cidades mais glamourosas do que a Babilónia.
Seu próprio nome evoca visões de riqueza e esplendor. Seus tesouros de ouro e jóias
eram fabulosos. Alguém logo imaginaria que uma cidade próspera como essa só
poderia estar situada numa pujante região tropical, cercada por ricos recursos naturais,
como florestas e minas. Pois não era o caso. Ela estava localizada junto ao rio
Eufrates, num extenso e árido vale. Não tinha florestas nem minas — e muito menos
pedras para construção. Não se achava sequer próximo a uma daquelas estradas
comerciais da época. Como se não bastasse, a chuva era minguada para o cultivo
de grãos.
A Babilónia é um impressionante exemplo da capacidade do homem para
alcançar grandes objetivos, utilizando o que quer que estivesse à disposição.
Todos os recursos que sustentavam essa grande cidade foram desenvolvidos pelo
homem. Todas as suas riquezas foram por ele produzidas.
A Babilónia possuía apenas dois recursos naturais — um solo fértil e a água do rio.
Numa das maiores realizações de todos os tempos, os engenheiros da Babilónia
desviaram aságuas do rio por meio de represas e imensos canais de irrigação.
Cruzando grandes distâncias através do vale árido, esses canais despejavam
suas águas revigorantes sobre o solo fértil. Isso se coloca entre as primeiras
façanhas da engenharia conhecidas na história. Abundantes colheitas foram a
recompensa por esse sistema de irrigação que o mundo nunca tinha visto antes.
Felizmente, durante sua longa existência, a Babilónia foi governada por
sucessivas linhagens de reis para quem conquistar e pilhar não passavam de
situações episódicas. Embora se tivesse empenhado em muitas guerras, a maioria
era de natureza local e na maior parte das vezes buscavam conter a investida de
ambiciosos conquistadores de outras regiões que cobiçavam seus fabulosos
tesouros. Os magníficos governantes da Babilônia ganharam um lugar na história
por causa de sua sabedoria, espírito de iniciativa e justiça. A Babilónia não
produziu monarcas pomposos que ansiassem por conquistar o mundo conhecido
para que todas as nações pudessem homenagear seu egotismo.
Como cidade, a Babilónia não existe mais. Quando essas estimulantes forças
humanas que a construíram e mantiveram por milhares de anos se dissiparam, ela