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diz, como as muralhas que circundavam a própria cidade.
Os babilônios eram hábeis nas artes. Estas incluíam a escultura, a pintura, a
tecelagem, a ourivesaria, a manufatura de armas e os implementos agrícolas. Seus
joalheiros criaram objetos belos e artísticos. Muitas amostras foram recuperadas
das sepulturas de seus ricos cidadãos e podem agora ser vistas nos principais
museus do mundo.
Num período realmente remoto em que o restante do mundo estava ainda
cortando árvores com machados de pedra, ou usando na caça e na guerra lanças e
flechas com pontas de sílex, os babilônios já conheciam machados, lanças e flechas
com pontas de metal.
Os babilônios eram financistas e homens de negócios talentosos. Até onde
podemos saber, foram os inventores do dinheiro como meio de troca, das notas
promissórias e dos títulos de propriedade escritos.
A Babilónia nunca foi invadida por exércitos hostis até cerca de 540 anos antes
do nascimento de Cristo. Mesmo então suas muralhas não foram tomadas. A
história da queda da Babilónia é mais extraordinária. Ciro, um dos maiores
conquistadores daquele período, pretendia atacar a cidade e esperava vencer
suas muralhas inexpugnáveis. Conselheiros de Nabônido, o rei da Babilónia,
persuadiram-no a sair ao encontro de Ciro e dar-lhe combate sem esperar que a
cidade fosse sitiada. Derrotado o exército babilônico, este abandonou a cidade.
Conseqüente-mente, Ciro encontrou os portões abertos e transpô-los sem
qualquer resistência.
A partir daí o poder e o prestígio da cidade foram aos poucos minguando, até que,
no curso de algumas centenas de anos, ela se viu finalmente abandonada,
entregue à própria sorte, transformada mais uma vez, pêlos ventos e
tempestades, na terra deserta sobre a qual sua grandeza fora originalmente
construída. A Babilónia caiu, nunca mais se ergueu, mas nossa civilização tem
grandes dívidas com ela.
Os eões {3} do tempo cobriram de areia os altivos muros de seus templos, mas a
sabedoria da Babilónia permanece.