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Conservadas intactas sob os destroços das cidades, os arqueólogos recuperaram
bibliotecas inteiras dessas tabuinhas, centenas de milhares delas.
Uma das mais notáveis maravilhas da Babilónia eram as imensas muralhas
que cercavam a cidade. Os antigos classificam-nas, como a grande pirâmide do
Egito, entre "as sete maravilhas do mundo". Atribui-se à rainha Semíramis a
construção das primeiras muralhas durante os primórdios da cidade. Modernos
escavadores não conseguiram achar qualquer traço das muralhas originais. Não
sabemos mesmo quanto mediam de altura. Segundo menção dos primeiros
escritores, estima-se quetivessem entre cinqüenta e sessenta pés de altura,
voltadas para o lado de fora com seus tijolos queimados e, além disso, protegidas
por um profundo fosso de água.
As muralhas mais recentes e mais famosas foram iniciadas cerca de seiscentos
anos antes de Cristo pelo rei Nabopolassar. Era de tal envergadura seu projeto de
reconstrução que ele não viveu o suficiente para ver a obra concluída. Esta foi
continuada por seu filho, Nabucodonosor, cujo nome é bastante familiar na
história bíblica.
A altura e a extensão dessas últimas muralhas desafiam a própria credulidade.
Autores idôneos julgam que elas alcançassem a altura de 160 pés, o equivalente a
um moderno prédio de escritórios de quinze andares. Sua extensão total estaria
estimada entre nove e onze milhas. Tão amplo era o topo que uma carruagem de
seis cavalos podia ser conduzida sobre ele. Muito pouco resta agora dessa
tremenda estrutura — alguns pedaços das fundações e o fosso. Além das
devastações provocadas pêlos elementos naturais, os árabes completaram a
destruição, carregando os tijolos para construírem suas próprias casas.
Contra as muralhas da Babilónia marcharam, sucessivamente, os exércitos
vitoriosos de quase todos os triunfadores dessa época de guerras de conquista.
Uma hoste de reis assediou Babilónia, mas sempre em vão. E não se deve
considerar levianamente os exércitos desses dias. Historiadores referem que tais
unidades contavam com 10.000 cavaleiros, 25.000 carros de guerra, 1.200
regimentos de soldados a pé, cada regimento reunindo 1.000 homens.
Compreende-se que se precisasse de dois ou três anos de preparação para
organizar os materiais de guerra e conseguir provisões suficientes para os
propósitos das expedições.
A Babilônia parecia organizada como uma cidade moderna. Havia ruas e lojas.
Vendedores ambulantes ofereciam suas mercadorias através dos distritos
residenciais. Sacerdotes oficiavam cm magníficos templos. Dentro da cidade
havia um encrave cercado para os palácios reais, com muros tão altos, segundo se