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logo se tornou uma ruína desabitada. Sua localização fica na Ásia, a cerca de
seiscentas milhas a leste do canal de Suez, bem ao norte do golfo Pérsico. Sua
latitude é mais ou menos trinta graus acima do Equador, praticamente a mesma
de Yuma, no Arizona. O clima é parecido com o dessa cidade americana, quente e
seco.
Hoje o vale do Eufrates, antes uma populosa região de próspera agricultura,
não passa de um deserto árido batido pelo vento. Uma vegetação rala de
arbustos luta para sobreviver contra as tempestades de areia. Lá se foram os
campos férteis, as gigantescas cidades e as grandes caravanas de ricas
mercadorias. Bandos nômades de árabes, levando uma vida difícil com seus
pequenos rebanhos, são seus únicos habitantes. Tem sido assim desde o começo
da era cristã.
Colinas de terra semeiam o vale. Durante séculos, os viajantes acostumaram-se
a considerá-las desse modo. A atençãodos arqueólogos foi finalmente despertada
devido a pedaços de cerâmica e de tijolos que começaram a aparecer depois de
ocasionais aguaceiros. Expedições financiadas por museus americanos e europeus
foram enviadas ao local para fazer escavações e ver o que podia ser achado. Pás e
picaretas logo provaram que essas colinas eram antigas cidades. Cidades
sepultadas, não haveria talvez melhor expressão para elas.
A Babilónia era um desses achados. Durante algo em torno de vinte séculos,
os ventos espalharam sobre ela a poeira do deserto. Construídas originalmente
de tijolos, suas muralhas muito expostas tinham se desintegrado, caindo mais
uma vez por terra. Assim é a Babilónia, a faustosa cidade, em nossos dias. Um
amontoado de sujeira por tanto tempo abandonado que nenhuma pessoa viva
chegou sequer a saber seu nome, até que foi descoberta através da cuidadosa
remoção dos restos seculares de ruas e dos escombros de seus nobres templos e
palácios.
Muitos cientistas consideram a civilização babilônica e a de outras cidades no
vale como as mais antigas entre aquelas que possuem um registro definido.
Datas positivas assinalam um recuo de 8.000 anos. Um fato interessante nessa
conexão é o meio usado para determinar essas datas. Soterradas nas ruínas da
Babilónia, encontraram-se descrições de um eclipse do sol. Astrônomos
modernos calcularam prontamente a época em que tal eclipse, visível na
Babilónia, ocorreu e então estabeleceram uma conhecida relação entre o
calendário deles e o nosso.
Conseguimos portanto provar que há 8.000 anos os sumerianos, que
habitaram a Babilónia, viveram em cidades muradas. Mas só podemos