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Revista eMOBILIDADE+ #01

A revista eMobilidade + Dedica-se, em exclusivo, à mobilidade de pessoas e bens, nos seus vários modos de transporte (rodoviário, ferroviário, aéreo, fluvial e marítimo), conferindo deste modo espaço aos mais proeminentes “stakeholders” do setor, sejam eles indivíduos, empresas, instituições ou entidades académicas.

A revista eMobilidade + Dedica-se, em exclusivo, à mobilidade de pessoas e bens, nos seus vários modos de transporte (rodoviário, ferroviário, aéreo, fluvial e marítimo), conferindo deste modo espaço aos mais proeminentes “stakeholders” do setor, sejam eles indivíduos, empresas, instituições ou entidades académicas.

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TIC(s) de Mobilidade<br />

Nem MaaS,<br />

No seu conceito mais<br />

puro, o MaaS, acrónimo<br />

de Mobility-as-a-Service,<br />

pretende satisfazer todas as<br />

necessidades de mobilidade<br />

através da subscrição de<br />

um conjunto alargado de<br />

serviços públicos, possibilitando<br />

(ou, mais do que<br />

isso, visando) tornar desnecessária<br />

a posse de carro.<br />

nem meio<br />

MaaS?<br />

Por Manuel Relvas<br />

FOTOS ARTIGO: PIXABAY.COM | CANVAS PRO | FREEPIK<br />

Para tal, o chamado MaaS Provider,<br />

oferece pacotes de serviços, vocacionados<br />

para diferentes perfis de<br />

mobilidade, com o forte argumento<br />

da previsibilidade de um preço fixo.<br />

Afinal, um conceito muito parecido com o que,<br />

com tanto sucesso, vingou no mercado das<br />

telecomunicações. Mas mesmo uma ideia tão<br />

boa como esta, precisa de ser viável para sair do<br />

papel. Ou seja, é preciso que alguém queira ser<br />

MaaS Provider, e é aqui que algumas dificuldades<br />

surgem no horizonte.<br />

Começando pelos “pormenores técnicos”, há<br />

o tema dos pagamentos que, com um modelo<br />

desta complexidade, têm de ser necessariamente<br />

automáticos e, portanto, eletrónicos. Durante<br />

muito tempo, os modelos e valores das comissões<br />

bancárias foram barreiras sérias. Entretanto,<br />

com a pressão das FinTech e os movimentos<br />

dos gigantes Visa e Master Card, este é hoje um<br />

problema gerível.<br />

Outro “detalhe técnico” é o da necessidade de<br />

integração entre os sistemas informáticos dos<br />

MaaS Providers e dos operadores, no sentido de<br />

permitir a disponibilização, cobrança e remuneração<br />

dos serviços. Com a crescente digitalização<br />

dos operadores, muito por força das suas<br />

próprias aplicações móveis, esta integração está<br />

hoje também facilitada. Mas, embora viável,<br />

Talvez não com um<br />

verdadeiro MaaS,<br />

mas com um “meio<br />

MaaS”, algo que estenda<br />

o conceito da<br />

multimodalidade do<br />

transporte coletivo<br />

a outros meios de<br />

mobilidade<br />

não é trivial: faltam normas e exigem trabalho no<br />

detalhe, mas isso será objeto de outro artigo...<br />

Ultrapassados os “problemas técnicos”, fica para<br />

o fim o grande busílis: o modelo de negócio.<br />

O primeiro modelo de que nos lembramos é o do<br />

negócio propriamente dito, o que exige operações<br />

geradoras de margem para pagar a estrutura e<br />

remunerar o investimento. E margem é coisa que<br />

e-MOBILIDADE 29

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