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Revista eMOBILIDADE+ #01

A revista eMobilidade + Dedica-se, em exclusivo, à mobilidade de pessoas e bens, nos seus vários modos de transporte (rodoviário, ferroviário, aéreo, fluvial e marítimo), conferindo deste modo espaço aos mais proeminentes “stakeholders” do setor, sejam eles indivíduos, empresas, instituições ou entidades académicas.

A revista eMobilidade + Dedica-se, em exclusivo, à mobilidade de pessoas e bens, nos seus vários modos de transporte (rodoviário, ferroviário, aéreo, fluvial e marítimo), conferindo deste modo espaço aos mais proeminentes “stakeholders” do setor, sejam eles indivíduos, empresas, instituições ou entidades académicas.

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contribuam para que os preços do<br />

hidrogénio continuem a cair, tanto do<br />

chamado hidrogénio «azul» (produzido<br />

a partir de combustíveis fósseis<br />

mas capturando o dióxido de carbono<br />

que é gerado) ou «verde» (hidrogénio<br />

produzido a partir de fontes renováveis,<br />

sem emissões)”.<br />

Contudo, é logicamente impossível<br />

de adivinhar se em algum ponto o seu<br />

custo será inferior ao do gasóleo ou da<br />

gasolina, uma vez que isso depende de<br />

vários fatores, entre os quais “se teremos<br />

taxas sobre emissões (por exemplo, o<br />

chamado imposto carbónico) ou sobre<br />

combustíveis fósseis, ou se teremos algum<br />

subsídio para combustíveis limpos.<br />

Também convém lembrar que as células<br />

de combustível, que são o método<br />

preferencial para usar o hidrogénio em<br />

veículos, são relativamente caras. No<br />

entanto, os sinais que se têm visto noutras<br />

áreas são encorajadores – por exemplo,<br />

os preços de painéis solares ou de<br />

baterias de lítio têm caído abruptamente<br />

na última década”, alerta.<br />

Interrogado sobre porque é que o hidrogénio<br />

pode ser uma alternativa viável<br />

ao gasóleo, o professor de engenharia<br />

química explica que “a combinação hidrogénio<br />

e célula de combustível pode<br />

oferecer maior autonomia e o tempo de<br />

recarregamento é bastante mais curto<br />

do que o tempo de baterias. No entanto,<br />

A única garantia que<br />

temos é que, se queremos<br />

habitar num planeta<br />

mais sustentável<br />

e limpo, mais cedo ou<br />

mais tarde teremos de<br />

dizer adeus ao gasóleo<br />

a compatibilidade e o uso crescente<br />

de hidrogénio em veículos pesados<br />

está altamente dependente do método<br />

de armazenamento de hidrogénio – a<br />

tecnologia mais usada atualmente consiste<br />

em comprimir hidrogénio até 350<br />

ou 700 vezes a pressão ambiente em<br />

cilindros muito pesados, o que também<br />

implica um custo elevado. Pode ser que<br />

haja avanços na tecnologia que permitam<br />

desenvolver métodos mais económicos<br />

e seguros para armazenamento<br />

de hidrogénio, o que poderia significar<br />

a sua fácil implementação em veículos<br />

pesados”, considera, acrescentando que<br />

é preciso fazer também outro tipo de<br />

contas nesta equação. “É importante<br />

também lembrar o custo enorme para a<br />

sociedade a todos os níveis de continuarmos<br />

nesta trajetória e não fazermos<br />

nada relativamente à descarbonização.<br />

Vendo as consequências das alterações<br />

climáticas e o qualidade do ar nalgumas<br />

cidades, será que nos podemos dar ao<br />

luxo de continuar a não fazer nada?<br />

Qual será o custo para a nossa sociedade<br />

de não adotarmos combustíveis<br />

e tecnologias mais limpas e termos de lidar<br />

com os efeitos severos das alterações<br />

climáticas que já se começam a fazer<br />

sentir?”, questiona.<br />

Por outro lado, é preciso estar atento<br />

e não colocar o hidrogénio todo «no<br />

mesmo saco», porque se, como já se<br />

referiu, este pode ser um combustível<br />

limpo, a verdade é que também pode<br />

60 e-MOBILIDADE

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