Revista eMOBILIDADE+ #01
A revista eMobilidade + Dedica-se, em exclusivo, à mobilidade de pessoas e bens, nos seus vários modos de transporte (rodoviário, ferroviário, aéreo, fluvial e marítimo), conferindo deste modo espaço aos mais proeminentes “stakeholders” do setor, sejam eles indivíduos, empresas, instituições ou entidades académicas.
A revista eMobilidade + Dedica-se, em exclusivo, à mobilidade de pessoas e bens, nos seus vários modos de transporte (rodoviário, ferroviário, aéreo, fluvial e marítimo), conferindo deste modo espaço aos mais proeminentes “stakeholders” do setor, sejam eles indivíduos, empresas, instituições ou entidades académicas.
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Entrevista<br />
Nuno Soares Ribeiro, VTM<br />
privado e com os modos suaves. Perdeu-se recentemente<br />
uma oportunidade boa quando se adjudicaram os contratos<br />
de prestação de serviços de transporte de passageiros por<br />
autocarro nas duas áreas metropolitanas. Contudo, e como<br />
os investimentos na ferrovia são lentos na sua concretização,<br />
considero que este é o momento adequado para se iniciarem<br />
estudos que permitam, ainda nesta década, implementar soluções<br />
de mobilidade em transporte público verdadeiramente<br />
competitivas com o automóvel privado.<br />
Qual considera ser o papel dos modos suaves para a mobilidade<br />
sustentável?<br />
Os modos suaves demonstraram o seu papel como solução<br />
first/last mile em deslocações longas e de modo principal em<br />
deslocações tipicamente mais curtas. Embora todos nós, de<br />
uma forma geral, conheçamos pessoas que fazem habitualmente<br />
deslocações longas, temos clara consciência de que são<br />
casos excecionais. A vocação exata destes modos está ainda<br />
em definição e dependerá sempre da qualidade das infraestruturas<br />
de suporte.<br />
Por outro lado, a introdução dos modos suaves na mobilidade<br />
em Portugal, processou-se, de uma forma geral, à «moda antiga»:<br />
construíram-se as infraestruturas na expectativa de que<br />
os utilizadores aparecessem. Há que reconhecer que houve<br />
vontade política, empenho técnico em planos com alguma<br />
fundamentação conceptual, mas muito pouco fundamentados<br />
no conhecimento do mercado dos potenciais utilizadores.<br />
Houve voluntarismo na expectativa de alterar comportamentos<br />
a partir da oferta de infraestruturas e de bicicletas partilhadas.<br />
Há ciclovias em locais irrazoáveis que levaram a que<br />
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