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Revista eMOBILIDADE+ #01

A revista eMobilidade + Dedica-se, em exclusivo, à mobilidade de pessoas e bens, nos seus vários modos de transporte (rodoviário, ferroviário, aéreo, fluvial e marítimo), conferindo deste modo espaço aos mais proeminentes “stakeholders” do setor, sejam eles indivíduos, empresas, instituições ou entidades académicas.

A revista eMobilidade + Dedica-se, em exclusivo, à mobilidade de pessoas e bens, nos seus vários modos de transporte (rodoviário, ferroviário, aéreo, fluvial e marítimo), conferindo deste modo espaço aos mais proeminentes “stakeholders” do setor, sejam eles indivíduos, empresas, instituições ou entidades académicas.

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FOTOS ARTIGO: PIXABAY.COM | CANVAS PRO | FREEPIK<br />

A IMPORTÂNCIA DOS TRANSPORTES<br />

Fundamentais para o funcionamento da<br />

economia e para as cadeias de abastecimento<br />

mundiais, os transportes são,<br />

porém, responsáveis por 25% do total<br />

das emissões de gases com efeito de<br />

estufa na Europa, contribuindo consideravelmente<br />

para a poluição atmosférica<br />

e sonora, para a sinistralidade e para<br />

o congestionamento rodoviário. Deste<br />

modo, torna-se claro que para alcançar<br />

as metas propostas no sentido da descarbonização,<br />

são necessárias mudanças<br />

ambiciosas - para não dizer radicais<br />

- neste setor. Atualmente, os transportes<br />

rodoviários pesados são totalmente<br />

dependentes do gasóleo, produzido a<br />

partir do petróleo, que é um combustível<br />

fóssil não renovável praticamente<br />

omnipresente em tudo o que usamos e<br />

consumimos. Além de ser um recurso<br />

finito, gera graves consequências<br />

ambientais (e disputas políticas), tendo<br />

chegado a hora de procurar alternativas<br />

viáveis àquele que é conhecido como<br />

«ouro negro».<br />

O desafio da sustentabilidade é sério e<br />

foi lançado não só aos fabricantes, mas<br />

também às próprias cidades, que cada<br />

vez mais querem limitar a circulação de<br />

veículos com motores de combustão. A<br />

urgência da crise climática é indiscutível<br />

e todos almejamos um planeta mais<br />

limpo. Mas será que estamos verdadeiramente<br />

preparados para transformar a<br />

realidade que conhecemos?<br />

MOBILIDADE ELÉTRICA<br />

Por um ambiente mais limpo e também<br />

por cidades mais silenciosas, onde a<br />

sensação de bem-estar deve prevalecer,<br />

os construtores de automóveis estão a<br />

investir fortemente em tecnologias de<br />

tração elétrica. Muitas marcas já anunciaram<br />

que nos próximos anos deixarão<br />

de produzir modelos com motores de<br />

combustão interna, abraçando totalmente<br />

a nova mobilidade sem emissões<br />

a médio prazo. Ao mesmo tempo,<br />

Portugal é até um dos países da UE com<br />

mais postos de carregamento elétricos<br />

por cada 100 quilómetros e é notória<br />

a tendência crescente na procura dos<br />

veículos elétricos a bateria nos últimos<br />

anos. No entanto, é o segmento dos<br />

veículos pesados, em que aqui nos debruçamos,<br />

que se consubstancia como o<br />

calcanhar de Aquiles desta solução.<br />

Sendo certo que a tecnologia evolui dia<br />

após dia, ainda está longe o momento<br />

em que poderemos ver um camião<br />

elétrico a ter prestações semelhantes a<br />

um pesado movido a gasóleo numa rota<br />

de longo curso. O «super» camião da<br />

Tesla, o Semi, foi anunciado em 2017<br />

mas só cinco anos depois, em dezembro<br />

de 2022, foram entregues as primeiras<br />

unidades à Pepsi. O veículo tem uma<br />

autonomia de 800 quilómetros e pode<br />

ser carregado a 1 MW, anunciando uma<br />

HÁ MAIS A FAZER!<br />

Também no setor dos transportes e<br />

mobilidade há transformações que<br />

já começam a ser feitas, como seja a<br />

utilização crescente dos sistemas de<br />

partilha de equipamentos (bicicletas,<br />

trotinetes, scooters e até carros), a<br />

promoção do usos de transportes<br />

públicos, da ferrovia e dos modos<br />

suaves, como a criação de ciclovias e<br />

zonas pedonais e ainda o desenvolvimento<br />

de sistemas de integração de<br />

dados de transportes em tempo real,<br />

para a gestão interativa de sistemas<br />

de transportes coletivos.<br />

economia de 74.000 dólares/ano face a<br />

um camião similar a gasóleo.<br />

Precisamente em 2017, já Portugal<br />

estava um passo à frente no que toca à<br />

eletrificação de pesados e arrancava a<br />

produção em série do primeiro camião<br />

e-MOBILIDADE 55

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