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Revista eMOBILIDADE+ #01

A revista eMobilidade + Dedica-se, em exclusivo, à mobilidade de pessoas e bens, nos seus vários modos de transporte (rodoviário, ferroviário, aéreo, fluvial e marítimo), conferindo deste modo espaço aos mais proeminentes “stakeholders” do setor, sejam eles indivíduos, empresas, instituições ou entidades académicas.

A revista eMobilidade + Dedica-se, em exclusivo, à mobilidade de pessoas e bens, nos seus vários modos de transporte (rodoviário, ferroviário, aéreo, fluvial e marítimo), conferindo deste modo espaço aos mais proeminentes “stakeholders” do setor, sejam eles indivíduos, empresas, instituições ou entidades académicas.

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to com vista à maior concentração de atividades junto aos<br />

principais interfaces de transportes. Desta forma, acredito que<br />

será possível proporcionar oferta de transporte público verdadeiramente<br />

competitiva (em frequência, tempo de viagem,<br />

comodidades complementares e custo) com o automóvel<br />

privado.<br />

Qual o papel da ferrovia no caminho para a mobilidade<br />

sustentável?<br />

O papel da ferrovia é central. O caminho é que pode ser mais<br />

acidentado do que todos que atuamos profissionalmente<br />

neste setor gostaríamos. É notório o esforço de investimento<br />

que se verifica atualmente em infraestruturas ferroviárias em<br />

Portugal. Contudo, importa ter presente que o retorno deste<br />

investimento depende em muito do que vierem a ser os serviços<br />

que operarão nestas infraestruturas: quantos comboios<br />

vão operar, com que padrão de serviço, com que tarifas ou<br />

soluções tarifárias, quantos passageiros vão<br />

transportar e, destes, quantos deixaram de utilizar<br />

o automóvel privado ou modos de transporte<br />

menos eficientes. No domínio comercial,<br />

isto é, na captação de passageiros para os serviços, creio que<br />

há ainda muito por fazer ao nível do desenho da oferta, que<br />

impactará nomeadamente nos investimentos necessários em<br />

material circulante.<br />

Há o risco claro de os investimentos realizados nas infraestruturas<br />

poderem não vir a gerar os benefícios potenciais caso<br />

os operadores não venham a ser capazes de servir o mercado<br />

potencial, ou de este ter sido deficientemente avaliado.<br />

Acredito que o maior envolvimento do setor privado pode<br />

trazer um melhor entendimento do mercado da mobilidade e<br />

melhor adequação da oferta, nomeadamente no que se refere<br />

à qualidade do serviço, às soluções tarifárias e à complementaridade<br />

modal.<br />

No caso das áreas metropolitanas, tem faltado uma visão<br />

verdadeiramente multimodal que permita potenciar a vocação<br />

natural da ferrovia nos corredores suburbanos e a complementaridade<br />

com os serviços de autocarros, com o automóvel<br />

Há o risco claro de os<br />

investimentos realizados<br />

nas infraestruturas poderem<br />

não vir a gerar os benefícios<br />

potenciais caso os operadores<br />

não venham a ser capazes de<br />

servir o mercado potencial,<br />

ou de este ter sido deficientemente<br />

avaliado<br />

e-MOBILIDADE 43

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