Revista eMOBILIDADE+ #01

Entrevista
Nuno Soares Ribeiro, VTM
em Portugal. A sua visão naquele momento era clara: Portugal
não dispunha de oferta de consultoria em mobilidade e
transportes compatível com os desafios que se colocavam à
sociedade naquele momento. A constituição da VTM visava
disponibilizar ao mercado (a clientes públicos e privados)
uma oferta capaz de suprir essas necessidades.
Em 1997 e 1999, JTM «convenceu» respetivamente a mim ao
Manuel Líbano Monteiro (MLM) que o projeto da VTM fazia
sentido e que era o desafio adequado àquele momento das
nossas carreiras. MLM e eu já nos conhecíamos há vários anos
e tivemos sempre um entendimento excecional.
Em 2006, MLM e eu assumimos sozinhos a gestão da
empresa com a saída de JTM. Diversificámos e crescemos
significativamente em atividade, dimensão e diversidade dos
perfis da equipa, no tipo de serviços prestados, no número e
diversidade de clientes. Contudo, relevamos como peça central
desse crescimento a sofisticação técnica e a compreensão
das necessidades dos nossos clientes públicos e dos negócios
dos nossos clientes do setor privado. Em 2014, decidimos
que o nosso crescimento deveria ser global, em particular em
mercados que exigissem sofisticação técnica nas abordagens,
compatíveis com o nível que já tínhamos atingido, e que passaria
por dispor de uma presença forte numa capital europeia
que nos desse uma projeção global. Madrid era a opção mais
evidente, até porque já tínhamos diversos clientes espanhóis,
ou baseados em Madrid. Assim, em 2015 convidámos David
Peña Perez (DPP) a juntar-se à equipa como sócio. DPP tinha
sido nosso cliente durante vários anos e queria desenvolver
um projeto individual de consultoria que se identificava muito
com a forma com a VTM se posicionava. Conhecia bem a
VTM e várias das pessoas da equipa. O encaixe foi perfeito no
timing, mas também no perfil dele com o nosso. Passámos a
ser 3 sócios, em 2015 iniciámos a atividade e em 2016 abrimos
o escritório em Madrid. A partir desse momento aumentámos
muito a nossa atividade em Espanha, no continente
americano e voltámos a trabalhar em África depois de vários
anos distantes desse mercado geográfico.
No final de 2021 era para nós claro que os dois escritórios
ibéricos precisavam de um reforço relevante numa geografia
onde já operássemos, que tivesse presença relevante de clientes
nossos e tivesse potencial de crescimento. Ponderávamos
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