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A formação da pedagoga e <strong>do</strong> <strong>pedagogo</strong>:<br />

pressupos e perspectivas<br />

não ao projeto pedagógico; a finalidade da inserção educacional é a preparação<br />

de mão-de-obra qualificada para o merca<strong>do</strong> e não a formação integral <strong>do</strong><br />

indivíduo. haveria ambivalência na atuação da UNESCO e também <strong>do</strong><br />

Banco Mundial junto aos países latino-americanos no apoio e no incentivo<br />

à utilização das TIC na EAD virtual, ambivalência essa em que a dimensão<br />

ideológica prevalece sobre a dimensão educacional-formativa?<br />

A posição de Giusta (2003), acima exposta, de que um curso com<br />

qualidade em EAD exige um alto investimento por parte de seus organiza<strong>do</strong>res,<br />

nos parece adequada, mas não leva em consideração um aspecto decisivo e<br />

fundamental na utilização das TIC na EAD e nos cursos presenciais, que é<br />

a força da racionalidade instrumental e <strong>do</strong>s interesses ideológicos presentes<br />

nos aparatos técnicos e em sua mediação entre educa<strong>do</strong>res e educan<strong>do</strong>s.<br />

Então, a terceira questão que colocamos, neste momento, é esta: é possível<br />

uma formação de qualidade, que busque a autonomia <strong>do</strong>s educan<strong>do</strong>s, se não<br />

se levar em consideração a racionalidade instrumental e ideológica presente<br />

nos instrumentos media<strong>do</strong>res <strong>do</strong> processo formativo? É preciso, pois, em um<br />

projeto pedagógico de EAD virtual de qualidade ter em mente que os aparatos<br />

tecnológicos utiliza<strong>do</strong>s para seu desenvolvimento não foram cria<strong>do</strong>s como<br />

instrumentos de emancipação pessoal e social; ao contrário, foram gera<strong>do</strong>s<br />

em contextos fora da educação e a serviço da <strong>do</strong>minação e da mais-valia; e<br />

quan<strong>do</strong> ingressam nas salas da academia levam consigo, imanentemente, suas<br />

“virtudes” próprias: a velocidade, a funcionalidade, a precisão, o amontoa<strong>do</strong> de<br />

da<strong>do</strong>s e informações, o direcionamento heterônomo, enfim, sua racionalidade<br />

instrumental e ideológica.<br />

Alonso (2008), em seu artigo “Tecnologias da informação e<br />

comunicação e formação de professores: sobre redes e escolas”, argumenta que<br />

a lógica da globalização, ao ensejar novas maneiras de pensar, de perceber, de<br />

formar, gera processos de caráter econômico, social, cultural, que influenciam<br />

as decisões no setor educacional; e que as TIC, moldadas nessa lógica,<br />

convertem-se na expressão de sincronismo de tempos e espaços que não se<br />

coadunam aos tempos e espaços escolares, propician<strong>do</strong> um descompasso entre<br />

sua produção e a produção escolar. Diz ela:<br />

Redescobrir e reafirmar uma lógica para a escola não significa apartá-la <strong>do</strong><br />

mun<strong>do</strong> tecnológico, mas reconhecer que a tarefa de educar requer certos<br />

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