10.01.2013 Views

formacao-do-pedagogo_e-book

formacao-do-pedagogo_e-book

formacao-do-pedagogo_e-book

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

B r a B o, T.S.a.M.; cordeiro, a.P.; Milanez, S.G.c. (orG.)<br />

Balboni e Pedrabissi (2000), ao estudarem as atitudes sociais de<br />

professores italianos em relação à inclusão de estudantes com deficiência<br />

mental na escola regular, demonstraram que o professor da Educação Especial<br />

tem atitudes mais favoráveis aos alunos com deficiência comparativamente<br />

com seus pares de professores sem essa formação.<br />

Nos Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s, na última década, houve uma redução da<br />

formação desses especialistas em educação especial. E os professores de<br />

“educação geral” demonstram não serem forma<strong>do</strong>s para trabalhar e garantir o<br />

processo de ensino-aprendizagem de crianças com alguma deficiência inseridas<br />

em suas salas regulares. Essa constatação, também foi feita por Fonseca-Janes<br />

(2006), ao estudar o ponto de vista <strong>do</strong>s estudantes <strong>do</strong> curso Normal Superior.<br />

A autora percebeu que 90% <strong>do</strong>s participantes afirmam a ineficiência da<br />

formação para se trabalhar com as deficiências na rede regular de ensino.<br />

Gomes e Barbosa (2006), ao investigarem a inclusão de um aluno<br />

com paralisia cerebral em uma sala de aula, evidenciaram que 37,5% <strong>do</strong>s<br />

sujeitos apontaram como sen<strong>do</strong> o maior problema para inclusão desse aluno<br />

a “formação deficitária <strong>do</strong>s <strong>do</strong>centes”, seguida pelo excesso de alunos na sala<br />

de aula (17,5 %). Para alguns professores, participantes dessa pesquisa, a<br />

educação inclusiva é antes uma possibilidade de interação social <strong>do</strong> deficiente<br />

<strong>do</strong> que a relação de ensino-aprendizagem. Para esses autores, apenas participar<br />

de palestras não faz as atitudes <strong>do</strong>s professores diferirem com relação à criança<br />

com paralisia cerebral.<br />

Sant’Ana, ao estudar as concepções de dez professores e seis diretores<br />

de escolas públicas sobre o conceito de inclusão escolar, aponta como uma<br />

das principais conclusões, estar o conceito de inclusão escolar associa<strong>do</strong> aos<br />

princípios de integração. Para a autora, os professores da rede de ensino “[...]<br />

estão cientes de não estarem prepara<strong>do</strong>s para a inclusão, não aprenderam<br />

as práticas educacionais essenciais à promoção da inclusão e precisariam <strong>do</strong><br />

apoio de especialistas” (SANTANA, 2005, p. 233).<br />

Estes relatos parecem ser um <strong>do</strong>s indicativos de que não basta apenas<br />

oferecer cursos e palestras, como verificamos em alguns cursos de licenciatura<br />

ou em alguns cursos de formação ofereci<strong>do</strong>s por secretarias estaduais e<br />

municipais, pois nos parecem ser apenas medidas paliativas. Talvez isso seja o<br />

melhor a ser realiza<strong>do</strong> no momento, mas não devemos parar por aí. Devemos,<br />

160

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!