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A formação da pedagoga e <strong>do</strong> <strong>pedagogo</strong>:<br />

pressupos e perspectivas<br />

Enquanto os cursos de Pedagogia eram reestrutura<strong>do</strong>s, foram surgin<strong>do</strong><br />

questionamentos que desmascaravam a neutralidade com que se pretendia<br />

justificar o caráter eminentemente técnico da educação e das habilitações<br />

pedagógicas assim como da atuação <strong>do</strong>s(as) especialistas, em detrimento de sua<br />

dimensão política, desvelan<strong>do</strong> o quanto tal atitude era política.<br />

Silva Júnior (1986, p. 63), também se posicionou a respeito dizen<strong>do</strong><br />

que esta organização fragmentava o curso. Libâneo (2001, p. 111) expõe que<br />

o Parecer 252/60 reproduz a ideologia implícita na Reforma Universitária<br />

de 1968. Através das habilitações, estaria forman<strong>do</strong> profissionais que<br />

introduziriam na escola “a divisão <strong>do</strong> trabalho e o controle segun<strong>do</strong> o modelo<br />

da administração capitalista” geran<strong>do</strong> a fragmentação da prática pedagógica.<br />

O currículo da Pedagogia, em grande número de instituições, foi fortemente<br />

marca<strong>do</strong> por uma formação acrítica, apolítica, com ênfase nas funções técnicas.<br />

Saviani (1999, p. 33) relembra também, que desenvolveu-se a<br />

crítica à “[...] especificidade das habilitações porque não dispunham de um<br />

corpo próprio de conceitos mas um arranjo de conceitos que integravam<br />

outras áreas <strong>do</strong> conhecimento”. Essa constatação levou à convicção de que as<br />

habilitações técnicas não passavam de uma “[...] divisão de tarefas no campo<br />

da educação que poderiam ser exercidas pelo mesmo profissional, desde que<br />

adequadamente qualifica<strong>do</strong>. A profissão seria uma só: a educação”. Ainda<br />

segun<strong>do</strong> o autor, “O profissional apto a desempenhá-la seria, igualmente,<br />

apenas um: o educa<strong>do</strong>r ou <strong>pedagogo</strong>. Administração, orientação, supervisão<br />

etc. seriam tarefas educativas que integrariam a lista de atribuições de um<br />

mesmo profissional: o educa<strong>do</strong>r”.<br />

É nesse contexto que o debate acerca da formação inicial <strong>do</strong>/a<br />

educa<strong>do</strong>r/a chega a um consenso de que o curso de Pedagogia deveria, com<br />

uma boa fundamentação teórica centrada nos fundamentos da educação,<br />

formar o/a profissional da educação capaz de exercer as diferentes atribuições<br />

requeridas pelos Sistemas de Ensino e Unidades Escolares, ten<strong>do</strong> em vista o<br />

seu adequa<strong>do</strong> funcionamento. Este debate permaneceu até a promulgação<br />

das atuais Diretrizes Curriculares, de 2007; neste perío<strong>do</strong>, vários cursos de<br />

Pedagogia foram cria<strong>do</strong>s e/ou reestrutura<strong>do</strong>s nesta perspectiva.<br />

Atualmente, é preciso considerar ainda o que Kuenzer (2002, p.<br />

48) afirma, no capitalismo, “[...] a divisão <strong>do</strong> trabalho escolar tem origem na<br />

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