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B r a B o, T.S.a.M.; cordeiro, a.P.; Milanez, S.G.c. (orG.)<br />

separação entre propriedade <strong>do</strong>s meios de produção e força de trabalho, e não<br />

na divisão técnica <strong>do</strong> trabalho”. Além <strong>do</strong> mais, que a origem da fragmentação<br />

<strong>do</strong> trabalho não é a divisão técnica, mas sim a necessidade de valorização <strong>do</strong><br />

capital, a partir da propriedade privada <strong>do</strong>s meios de produção.<br />

Assim, conforme a autora, a ampliação <strong>do</strong> trabalho <strong>do</strong>s/as Pedagogos/<br />

as, se não fundamentada nas categorias de uma Pedagogia emancipatória, que<br />

tenha como finalidade a superação da contradição entre capital e trabalho, pode<br />

simplesmente corresponder à substituição <strong>do</strong>/a trabalha<strong>do</strong>r/a especializa<strong>do</strong>/a<br />

<strong>do</strong> taylorismo/fordismo pelo/a trabalha<strong>do</strong>r/a “multitarefa”, <strong>do</strong> toyotismo,<br />

nem sempre criativo e autônomo, mas simples tarefeiro em ações esvaziadas<br />

de conhecimento técnico e de compromisso político com a transformação,<br />

torna-se um/a trabalha<strong>do</strong>r/a formal. Por isso, é preciso que a formação da<br />

educa<strong>do</strong>ra e <strong>do</strong> educa<strong>do</strong>r se dê a partir das categorias que historicamente têm<br />

si<strong>do</strong> construídas no campo da Pedagogia emancipatória, articulada às demais<br />

formas de destruição das condições materiais que geram a exclusão.<br />

Como podemos constatar no caminhar histórico <strong>do</strong>s debates acerca<br />

da formação de educa<strong>do</strong>res e educa<strong>do</strong>ras até a atualidade, momento no qual<br />

vivemos um processo de democratização em curso, há uma preocupação com<br />

relação às dificuldades para a concretização da escola democrática e ainda com<br />

relação à formação <strong>do</strong>s profissionais da educação. As dificuldades resultam <strong>do</strong>s<br />

efeitos da globalização e <strong>do</strong> projeto neoliberal nas sociedades contemporâneas,<br />

com conseqüências que incluem também o aviltamento aos direitos humanos.<br />

Diante deste panorama, questionamos: Como consolidar e<br />

aprofundar a democracia em to<strong>do</strong>s os âmbitos da sociedade, inclusive na<br />

escola, numa sociedade organizada em termos legais com respeito aos direitos<br />

humanos e que convive com a injustiça social, a desigualdade e o aviltamento<br />

aos direitos humanos para muitas pessoas ? Como desenvolver este projeto de<br />

educação se na escola os/as profissionais não valorizam e/ou não conhecem<br />

estes temas ? Como a<strong>do</strong>tar práticas voltadas à politização <strong>do</strong>s/as estudantes<br />

e para a justiça social se as professoras e os professores não tiveram formação<br />

inicial e continuada voltada para tal projeto ? No contexto brevemente<br />

relembra<strong>do</strong>, foram discutidas e elaboradas novas Diretrizes Curriculares para<br />

os Cursos de Pedagogia, que discutiremos a seguir.<br />

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