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A formação da pedagoga e <strong>do</strong> <strong>pedagogo</strong>:<br />

pressupos e perspectivas<br />

construção de sua autonomia teórica, ou seja, na busca pelo reconhecimento<br />

e pela legitimação <strong>do</strong> conhecimento que se dispõe a produzir.<br />

2 decompon<strong>do</strong> e AnAliSAn<strong>do</strong>...<br />

2.1 Sobre A geStão dA educAção<br />

As expressões administração da educação, administração educacional<br />

e administração escolar só muito raramente se manifestam hoje no debate<br />

pedagógico acadêmico. Todas elas, assim como as expressões supervisão da<br />

educação, supervisão educacional e supervisão escolar, diluíram-se sob o império<br />

da onipresente e super-abrangente expressão gestão da educação. Aparentemente<br />

isso representaria um ganho político-pedagógico porque poderia significar<br />

uma redução nas perspectivas de intervenções super-especializadas no campo<br />

educacional, reduzin<strong>do</strong> as margens de ação individual e favorecen<strong>do</strong> as<br />

possibilidades de trabalho coletivo. O fim das habilitações <strong>do</strong> curso de Pedagogia<br />

reforçou essa percepção, consagran<strong>do</strong> a figura <strong>do</strong> gestor, ou seja, daquele que<br />

responderia por todas as funções para além <strong>do</strong>s limites da sala de aula.<br />

Não se atentou para o fato de que as idéias de gestão e de administração<br />

não carregam em si as mesmas conotações, sen<strong>do</strong>, portanto, equivocada, ainda<br />

que pre<strong>do</strong>minante, a afirmação de sua equivalência. E nem se perguntou<br />

também por que, admitida a hipótese da equivalência, a palavra gestão tornouse<br />

hegemônica ou quase exclusiva na discussão.<br />

Parece-nos necessário refletir um pouco sobre a situação. Em seu<br />

senti<strong>do</strong> original e preferencial administração diz respeito à relação meios<br />

e fins. Trata-se de localizar e utilizar – se for o caso, produzir – os meios<br />

mais adequa<strong>do</strong>s aos fins que se tem em vista alcançar. O pragmatismo <strong>do</strong><br />

critério encontra seus limites na consciência moral <strong>do</strong> administra<strong>do</strong>r. Cabelhe<br />

examinar – e, se for o caso – recusar os fins que lhe são propostos como<br />

orienta<strong>do</strong>res de sua ação. Da mesma forma, cabe-lhe responder não apenas<br />

pela eficácia <strong>do</strong>s meios à sua disposição, mas também e principalmente, pela<br />

legitimidade político-social desses meios. “Os fins não justificam os meios” é,<br />

ao mesmo tempo, uma regra moral e um princípio prático de ação.<br />

O senti<strong>do</strong> original e ainda pre<strong>do</strong>minante de gestão caminha em outra<br />

direção. Trata-se apenas de uma dimensão técnica <strong>do</strong> processo administrativo<br />

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