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A formação da pedagoga e <strong>do</strong> <strong>pedagogo</strong>:<br />
pressupos e perspectivas<br />
de magistério e <strong>do</strong>s planos de ensino <strong>do</strong>s professores forma<strong>do</strong>res. De forma<br />
individual ou coletiva, há tentativas várias de concretização de tal proposta em<br />
diferentes modalidades de estágio.<br />
Em que pese a importância dessa influência, é preciso que se examine<br />
seus limites e possibilidades, de mo<strong>do</strong> que os professores orienta<strong>do</strong>res tenham<br />
a clareza de qual reflexão se está falan<strong>do</strong>: que tipo de reflexão tem si<strong>do</strong> realizada<br />
pelos professores? As reflexões incorporam um processo de consciência das<br />
implicações sociais, econômicas e políticas da atividade de ensinar? Que<br />
condições têm os professores para refletir e para pesquisar?<br />
Alguns autores apontam essa crítica. Vejamos.<br />
Ao colocar em destaque o protagonismo <strong>do</strong> sujeito professor nos<br />
processos de mudanças e inovações, a perspectiva <strong>do</strong> professor reflexivo<br />
e pesquisa<strong>do</strong>r pode gerar a supervalorização <strong>do</strong> professor como indivíduo.<br />
Diversos autores têm aponta<strong>do</strong> os riscos de um possível “praticismo” daí<br />
decorrente, para o qual bastaria a prática para a construção <strong>do</strong> saber <strong>do</strong>cente;<br />
de um possível “individualismo”, fruto de uma reflexão em torno de si própria;<br />
de uma possível hegemonia autoritária, se se considera que a perspectiva da<br />
reflexão é suficiente para a resolução <strong>do</strong>s problemas da prática; além de um<br />
possível modismo, com uma apropriação indiscriminada e sem críticas, sem<br />
compreensão das origens e <strong>do</strong>s contextos que a gerou, o que pode levar à<br />
banalização da perspectiva da reflexão e da pesquisa.<br />
Contreras (1997) se destaca entre os estudiosos ao realizar uma<br />
análise crítica da epistemologia da prática que envolve a de professor reflexivo<br />
e pesquisa<strong>do</strong>r.<br />
Quanto à concepção <strong>do</strong> professor como pesquisa<strong>do</strong>r, desenvolvida<br />
por Stenhouse, aponta que este não inclui a crítica ao contexto social em que se<br />
dá a ação educativa. Assim, reduz a investigação sobre a prática aos problemas<br />
pedagógicos que geram ações particulares em aula, perspectiva essa restrita,<br />
pois desconsidera a influência da realidade social sobre ações e pensamentos e<br />
sobre o conhecimento como produto de contextos sociais e históricos. Nesse<br />
senti<strong>do</strong>, há que se aceitar a afirmação de Giroux (1990) de que a mera reflexão<br />
sobre o trabalho <strong>do</strong>cente de sala de aula é insuficiente para uma compreensão<br />
teórica <strong>do</strong>s elementos que condicionam a prática profissional. Por isso, o<br />
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