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A formação da pedagoga e <strong>do</strong> <strong>pedagogo</strong>:<br />

pressupos e perspectivas<br />

é, a intervenção intencional nos processos mentais <strong>do</strong> aluno pela mediação<br />

didática <strong>do</strong>s professores.<br />

Em terceiro lugar, os educa<strong>do</strong>res precisam buscar uma pauta comum<br />

nacional em favor da escola para to<strong>do</strong>s: uma escolarização igual, para sujeitos<br />

diferentes, em um currículo comum. Este lema, formula<strong>do</strong> por Gimeno<br />

Sacristán, ajuda a definir objetivos e funções da escola num momento<br />

da educação brasileira em que há notórias dificuldades em se chegar a<br />

entendimentos sobre objetivos das escolas, conteú<strong>do</strong>s, formas de gestão<br />

e formas de organização curricular, formas pedagógicas e meto<strong>do</strong>lógicas<br />

frente às demandas sociais e culturais <strong>do</strong> mun<strong>do</strong> atual. Entre as posições<br />

sobre a escola, algumas se distinguem em defender um currículo em que os<br />

aspectos socioculturais e da experiência cotidiana se sobrepõem ao estu<strong>do</strong><br />

<strong>do</strong>s conteú<strong>do</strong>s escolares e desenvolvimento <strong>do</strong>s processos mentais, numa<br />

perspectiva bastante sociologizada de escola. Ou seja, faz-se uma separação<br />

inadequada entre os conteú<strong>do</strong>s e processos socioculturais. As posições que<br />

levam à secundarização <strong>do</strong>s conteú<strong>do</strong>s, à antinomia entre processos educativos<br />

e resulta<strong>do</strong>s da escolarização, à recusa de certa racionalidade na condução<br />

<strong>do</strong>s processos de ensino e aprendizagem, à excessiva flexibilização das práticas<br />

de avaliação escolar, a promoção <strong>do</strong>s alunos de uma série para outra pouco<br />

cuida<strong>do</strong>sa, têm promovi<strong>do</strong> certo afrouxamento nas práticas escolares. Essas<br />

posições não ajudam na luta para a eliminação das desigualdades sociais, o<br />

reconhecimento da diversidade cultural, a atitude crítica frente à <strong>do</strong>minância<br />

das mídias, etc. Enfim, não contribuem na preparação científica e profissional<br />

para que a parte pobre e oprimida da sociedade produza ideias possa prepararse<br />

para o mun<strong>do</strong> da ciência, da cultura, da arte, da profissão e da cidadania.<br />

O quarto desafio posto aos <strong>pedagogo</strong>s é assegurar uma vinculação mais<br />

estreita da pedagogia com a ética. Com efeito, a razão pedagógica está associada,<br />

inerentemente, ao valor, a um valor intrínseco, que é a formação humana,<br />

ajudar os outros a se constituírem como sujeitos, a se educarem, a serem bons,<br />

a serem justos, a serem cultos, a serem pessoas dignas. Trata-se de reafirmar<br />

o lugar da intencionalidade pedagógica no ensino. Retire-se isso da educação<br />

escolar, e não teremos mais educação. É certo que as práticas educativas não<br />

suportam mais certezas absolutizadas, mas é impossível à pedagogia ceder<br />

ao relativismo ético. No âmbito da atividade pedagógica, marcos teóricos<br />

e morais são cruciais, pois a to<strong>do</strong> momento são requeridas opções sobre o<br />

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