V I I I c o n p a v e tcorreção da anemia. Sob efeito de anestesia geral inalatória associada a bloqueioperidural com lidocaína e morfina, foi realizada a excisão cirúrgica damucosa protraída em sua base, seguida de sutura da mucosa viável em padrãode sutura contínua com fio absorvível monofilamentar, a fim de melhor contera hemorragia residual, que comumente é descrita. A mucosa prolapsadafoi fixada em formol a 10% tamponado e processada rotineiramente. Medidaspós-operatórias voltadas à profilaxia da infecção e analgesia foram adotadas.Foi observada hemorragia pós-operatória, que persistiu ainda por cinco dias.Os resultados anatomopatológicos apontam para um processo inflamatóriocrônico, permeado de áreas de necrose. Sabe-se da predisposição racial do casoem questão e de sua baixa incidência. Acredita-se que, no caso, a doença tenhaocorrido em concomitância ao início da atividade sexual, e o procedimentocirúrgico empregado mostrou-se eficaz, pois o animal não apresentou sinaisde recidiva até o momento. Salienta-se que os aspectos anamatomopatológicosconfirmaram a inviabilidade da mucosa e a necessidade de sua excisão.*raulmjr@ig.com.br1 Clínica Veterinária Diagnóstico por Imagem Animal2 Curso de Medicina Veterinária – Universidade Estadual Paulista – Unesp – campus deAraçatubaProtocolos anestésicos para felinos doadores de sangueCamozzi, R. B. 1 ; Botteon, K. D. 2 ; Moroz, L. R. 3 ; Golçalves, S. 4 ; Fantoni,D. T. 5O presente trabalho visou estabelecer o melhor protocolo anestésico paracoleta de sangue em felinos domésticos baseando-se na qualidade de sedaçãodos doadores. Foram selecionados 15 gatos hígidos, divididos aleatoriamente(estudo duplo-cego) em grupos de cinco animais cada. Os protocolos anestésicoscomparados foram: BDA [butorfanol (0,4 mg/kg), diazepam (1,0 mg/kg) e acepromazina (0,05 mg/kg), intramusculares (IM)]; BX [butorfanol (0,4mg/kg) e xilazina (0,3 mg/kg), IM]; CMA [cetamina (5 mg/kg), midazolam(0,25 mg/kg) e acepromazina (0,05 mg/kg), IM]. Os animais tiveram o grau desedação avaliado por meio de escore obtido pela mensuração das frequênciascardíaca (FC) e respiratória (FR), pressão arterial (PA), relaxamento muscular,reflexo interdigital e reação a estímulos externos, aos 20, 40, 60, 90 e 120 minutosda aplicação dos fármacos. O grau de recuperação foi analisado com base nonúmero de parâmetros que retornaram ao padrão considerado de não sedaçãoem cada um dos momentos. Não foram verificadas diferenças significativas emrelação à FC nos diferentes grupos estudados, apenas em T60, quando a FC foisignificativamente inferior no grupo CMA em relação ao BDA (p
V I I I c o n p a v e tCirurgia e Cirurgião Responsável do Hovet-MetodistaRelato de caso: criptococose em felino – aspectosradiológicos e laboratoriaisPraes, P. L.¹; Monteiro, M. F.²; Vaz-curado, A. P. 3A criptococose é uma micose sistêmica, ubiquitária, decorrente de infecçãopor leveduras do gênero Cryptococcus. Embora haja distintas espécies nogênero, tão somente a espécie Cryptococcus neoformans tem sido isolada decasos clínicos no homem e nos animais 3 . O Cryptococcus é encontrado nosolo, frutas e pode estar presente na mucosa oronasal e na pele de indivíduossadios. As fezes de aves são fonte de infecção e os pombos assumem papelimportante como reservatório do agente no ambiente urbano 6 . O itraconazolé o antifúngico de escolha em casos de criptococose por C. neoformanssem envolvimento do sistema nervoso 4, 7 . Relato de caso: Foi atendidoum felino, macho, de três anos, sem raça definida, com aumento de volumeno plano nasal, úlceras em focinho e lábio superior, fístula em face, descarganasal sanguinolenta, secreção ocular e respiração ruidosa há cerca de 120 dias.Sobre avaliação radiográfica do crânio, detectou-se acentuada opacificação decavidade nasal e seio frontal, sugerindo processo inflamatório, assim comoopacificação de labirinto etmoidal, sugerindo aumento de volume intraorbitário.Radiograficamente, não é possível diferenciar um processo infecciosofúngico de uma afecção neoplásica inicial 8 . Assim, a citologia e a cultura demicrorganismos são indicadas para um diagnóstico final. A citologia revelouprocesso inflamatório piogranulomatoso séptico fúngico. A cultura de fungosa partir das secreções, coletadas com swab seco estéril, sendo semeado o materialnos meios Ágar Saboraud com e sem cloranfenicol, ambos incubados emmeios a 25 e 37ºC, revelou colônias mucoides de coloração creme e brilhantes.Somente houve crescimento no Agar Saboraud sem cloranfenicol. Através dacoloração negativa por Tinta da China, observaram-se estruturas redondasapresentando cápsula. A conclusão final: Cryptococcus sp. Instituiu-se itraconazolna dose de 5 mg/kg/dia, além de Lisina 500 mg/dia e Ácido Ascórbico50 mg/dia. Resultados: Houve melhora do quadro após 20 dias de terapia.Os sintomas apresentados foram compatíveis com aqueles citados na literatura,nos quais as lesões no trato respiratório superior são maiores que emoutros sistemas (2). Como vimos, o diagnóstico da criptococose se dá atravésdas várias modalidades de diagnóstico. Por se tratar de uma zoonose, deve-seorientar os proprietários sobre os cuidados necessários.1 Médica Veterinária Radiologista do VetCom – Companhia Veterinária de Diagnóstico2 Médica Veterinária Patologista Clínica do VetCom – Companhia Veterinária de Diagnóstico3 Médico Veterinário Ultrassonografista do VetCom – Companhia Veterinária de DiagnósticoReferências bibliográficas:1. BIRCHARD, S. J., SHERDING, R. G. CLÍNICA DE PEQUENOS ANIMAIS, Manual Saunders.Editora Roca, 1998. p.1406-08.2. KERL, M. E. Update on canine and feline fungal disease. Vet Clin Small An Pract 33:721-747, 2003.3. LARSSON, C. E., Dermatozoonosis. In: Congresso De La Asociasión Mundial De MedicinaVeterinária De Pequenõs Animales, 23, 1998, Buenos Aires. Anais... 1998, BuenosAires, Argentina, p. 25-28.4. LARSSON, C. E. M.; OTSUKA, N. S. MICHALANY, P. S. M. BARROS, W.; Gambale, A.M. V. Safatle. Criptococose canina: relato de caso. Arq. Bras. Med. Vet. Zootec. 2003,v. 55, n. 5 [cited 2010-06-16], p. 533-538.5. PEREIRA, A. P. C.; COUTINHO, S. D. Criptococose em cães e gatos – revisão. Clín Vet45 : 24-32, 2003.6. SEVERO, L. C.; OLIVEIRA, F. M.; SILVA, V. B. Diferenças clínicas, epidemiológicas eecológicas entre duas variedades de Cryptococcus neoformans. Rev Med Santa Casa9:1672-1686, 1998.7. TABOADA, J. Micoses Sistêmicas. In: ETTINGER, S. J.; FELDMAN, E. C. (Ed.) Tratadode Medicina Interna Veterinária: doenças do cão e do gato. 5. ed. Rio de Janeiro,Guanabara Koogan, 2004. p. 478-503.8. THRALL, D. E. Textbook of veterinary diagnostic radiology. 3.ed. Philadelphia: W.B.Saunders, 1998.Rinotomia associada à quimioterapia adjuvante comcarboplatina como tratamento do fibrossarcoma nasal emcão: Relato de casoMiranda, B. C.¹; Freitas, A. G.²; Kuawara, L. S.³; Micheletti, L.; Zoppa,A. M.Introdução:Neoplasias malignas em região de septo nasal, nasossinusal enasofaringe são pouco comuns em pequenos animais, sendo mais comumenteencontradas no cão. Devido a essas localizações, são de elevada morbidade eletalidade. As neoplasias mais diagnosticadas são de origem epitelial, sendoprincipalmente os adenocarcinomas e carcinomas de células escamosas. Porém,raramente é possível o surgimento de tumores mesenquimais malignoscomo fibrossarcoma, osteossarcoma e sarcomas indiferenciados 1, 2, 3, 4, 6 .Embora não exista uma divisão anatômica nítida entre a cavidade nasal ea sinusal, apesar de haver uma considerável similaridade nos tipos de tumoresoriginados nessas regiões, os tumores benignos apresentam-se em maiornúmero na cavidade nasal. Já os tumores malignos são mais observados nacavidade sinusal 1, 2 . Além disso, tumores histologicamente semelhantes diferemem seu comportamento, em geral mais agressivos nas cavidades sinusais,mesmo sendo muitas vezes impossível determinarmos a origem exata de umtumor nasossinusal 1, 2, 4 .As manifestações clínicas geralmente são secreção nasal, obstrução nasal,epistaxe e crostas sobre as narinas, e epífora 1, 2, 3, 4 . A gravidade da doença sedeve ao estágio avançado no momento do diagnóstico e às dificuldades em sepropor tratamento cirúrgico adequado devido à complexidade da região anatômica,na qual a proximidade da lesão com estruturas nobres, muitas vezes,limita a abordagem cirúrgica 2, 4 .O diagnóstico é baseado na realização de radiografias do crânio, rinoscopiae tomografia computadorizada para avaliação das estruturas da cavidade nasal,seios nasais e paranasais e evolução da neoplasia, além de ser uma excelenteferramenta para estadiamento clínico dos tumores. A biópsia incisional é indicadaem formações com contraindicação à excisão cirúrgica, e em formaçõespassíveis de excisão, pode-se realizar biópsia excisional 3, 4 .As opções de tratamento descritas são remoção cirúrgica, remoção cirúrgicacombinada com radioterapia, radioterapia isolada, quimioterapia e quimioterapiaassociada à remoção cirúrgica 4 . A média de sobrevida conferidacom remoção cirúrgica e quimioterapia, ou apenas quimioterapia, é de trêsa seis meses. Com a radioterapia isoladamente ou combinada com remoçãocirúrgica, pode-se alcançar de 12 a 16 meses aproximadamente 3 . Por isso, aradioterapia torna-se o tratamento de eleição, quando possível 2 .Os agentes quimioterápicos mais utilizados para tumores nasais mesenquimaisem cães e gatos são a carboplatina e a doxorrubicina em mono ou poliquimioterapia[3,5]. Além disso, outras medicações podem ser introduzidas noprotocolo com o intuito de minimizar a ação inflamatória causada pelo tumor,como anti-inflamatórios não esteroidais, como o piroxicam, administradospor via oral 5 .O prognóstico do fibrossarcoma está relacionado a alguns fatores:c r m v s p . g o v . b rmv&z47
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