I S E M I N Á R I Osociedade), permitindo que outras profissões, por falta decapacitação nossa, invadissem um mercado que era nosso.Um educador chegou ao cúmulo de propor uma faculdadede medicina veterinária especializada em pequenos animais.A Folha de S. Paulo trouxe um condensado do TheNew York Times, do qual recortei dois tópicos interessantessobre a evolução das Universidades.Faculdades precisam de maior eficiênciaPor Conrad de AenlleAs anuidades e outras taxas de faculdades têm aumentadohá vários anos em muitos países, e, devido à criseeconômica e financeira, é quase certo que a tendência semantenha ou agrave. Estudantes e suas famílias terão dearcar com uma parte maior dos custos, dizem especialistas.Mas as universidades poderão ser obrigadas a operarde maneira mais eficiente e frugal, dizem, conforme os quepagam as contas se tornam consumidores mais inteligentese cientes dos custos.Margaret Spellings, assessora sênior do Boston ConsultingGroup, uma firma de consultoria administrativa global,e ex-secretária da Educação do presidente George W.Bush, denuncia o fracasso do governo em exigir mais valorpelo dinheiro gasto e um elitismo que, segundo ela, estáarraigado no meio acadêmico.A crescente demanda por lugares nas universidadestambém faz aumentar os custos, assim como o desejo dosgovernos de atender à demanda."Parte do problema na maior parte do mundo é a explosãode matrículas", disse D. Bruce Johnstone, professorde educação na Universidade Estadual de Nova York emBuffalo. Segundo ele, as condições são especialmente agudasnos países em desenvolvimento. E citou uma inclinaçãoocidental pelo igualitarismo acadêmico."Uma expectativa do direito a participar de uma universidadede pesquisa faz parte do problema", disse Johnstone.Ele notou que todos os graduados em escolas secundárias naFrança e na Alemanha que passam em um exame nacionaltêm garantida a admissão na universidade.As anuidades aumentaram 106% entre 1997 e 2007 nasuniversidades públicas americanas e 76% nas universidadesprivadas, para US$ 7.171 e US$ 30.260, respectivamente,segundo o Centro Nacional de Estatísticas da Educação.São menores em todos os outros lugares, embora possamser muito altas em relação às rendas, especialmente nomundo em desenvolvimento. Os 23 milhões de estudantesque frequentam universidades na China pagam cerca deUS$ 3 mil por ano, disse Johnstone. Mas o governo já avisouque as taxas vão aumentar.As taxas na Índia variam, ele disse, mas chegam a cercade US$ 600 por ano nas universidades médias e muitomais nos institutos tecnológicos de elite.As escolas chinesas e indianas não sentem falta de candidatos,mas, no Japão, as matrículas estão diminuindo.Lá, a anuidade média é de aproximadamente US$ 4.500.As anuidades são avaliadas em níveis muito mais baixosna Europa continental, disse Johnstone. "Os paíseseuropeus adotam anuidades em meio a uma enorme controvérsiapolítica", ele comentou.Eventualmente, as condições se deterioram, e as autoridadessão obrigadas a aumentar as taxas, disse, "e entãotodo mundo realmente grita".A Europa oficial começou a aceitar a ideia das anuidades,com uma advertência importante. Dennis Abbott,porta-voz para Educação da Comissão Europeia, indicou"clara tendência a aumentar a divisão de custos" entre alunose fontes estatais, mas salientou que as taxas "devem sersuportadas por bolsas e/ou o crédito".As taxas maiores não são a única sugestão para superar abrecha financeira. Um relatório de 2006 feito pelo Centro paraReforma Europeia, uma organização de pesquisa centristabaseada em Londres, incentivou as universidades europeiasa tornar-se mais competitivas e mais empresariais e, emboranão tenha dito tão explicitamente, mais americanas.Os autores também recomendaram remunerar os professoresde acordo com o mérito; fazer lobby agressivo juntoa fontes de financiamento estatais e privadas, como exalunos;e atrair patrocínios corporativos. Uma maneira demelhorar a sensibilidade e a produtividade, disse Abbott, égarantir primeiro que os estudantes das universidades quereme precisam estar lá."Muitos jovens que embarcam em carreiras universitáriasas abandonam antes de completar os cursos", disse.Isto representa uma oportunidade perdida, tanto em termosdo potencial humano do estudante como em termosde mais valor pelo dinheiro. Melhor aconselhamento eorientação, combinados com mais apoio, incluindo financeiro,devem ser oferecidos."Spellings disse que esperava um aumento na "educaçãoà la carte, híbrida, baseada na tecnologia", em que os estudantesassistem às aulas pessoalmente, online e nos horáriosde sua escolha. "Os consumidores pedem isso", ela disse."As coisas estão mudando, pois os preços ficaram ridículos",continuou Spellings. "As pessoas começam a fazerperguntas que teriam sido heréticas cinco anos atrás. Asuniversidades tinham uma situação de torre de marfim, deestar acima de tudo, mas começam a mudar, e isso aconteceno mundo inteiro."(Folha de S. Paulo, 04/10/2010)Destaco a conclusão do artigo:84 mv&z c r m v s p . g o v . b r
I S E M I N Á R I O“As universidades tinham uma situação de torre demarfim, de estar acima de tudo, mas começam a mudar,e isso acontece no mundo inteiro."Nas Páginas Amarelas da Revista Veja de 27 de outubro2010, o reitor da USP, Dr. João Grandino Rosas, deuuma entrevista no mesmo sentido.Qual a proposta de solução? O avanço da ciência, a ampliaçãodo conhecimento, a rápida evolução do mercadoe de suas necessidades não cabem mais na grade curricularde quatro mil e poucas horas. A medicina humana,por exemplo, já está programando estender a duração docurso em mais um ano. A Universidade tem autonomiapara criar disciplinas, mas não de criar novas profissões.Tomando exemplo em outras áreas, a tentação de quererformar profissionais específicos para “atender a demandado mercado” é grande. A engenharia, por exemplo,abriu um curso de engenheiro de moda. De uma possívelturma de 50, certamente teremos 48 desempregados.O veterinário é e deve ser formado como um generalistaque, ao final do curso, esteja apto a receber complementação.O Manual de Responsabilidade Técnica do CRMV-SPreflete bem o ambiente profissional. O veterinário é diplomadoe tem um leque de oportunidades para atuação.Nesse manual, editado em 2009 pelo Conselho Regionalde Medicina Veterinária do Estado de São Paulo,estão descritas 32 atividades em que o veterinário é chamadoa exercer responsabilidade técnica.Em nenhum momento, pensou-se em transformar essasatividades em profissões específicas. Para desenvolvêlas,o formando e o veterinário recém-diplomado devemprocurar as habilidades necessárias através de complementaçãoem seminários, palestras e congressos.O aluno deve se envolver mais nos temas atuais, serexigido mais nas aulas e desenvolver senso de responsabilidadee empreendedorismo, ou seja, se mostrarinteressado e ser cobrado por isso. De novo, destaco anecessidade de profissionalismo.Na busca do sucesso profissional, o que importa é oesforço contínuo em se aperfeiçoar sob a orientação doprofessor. Cabe ao profissional desenvolver as competênciasnecessárias para atender os requisitos das empresase conseguir a vaga.“A presença de computadores nas escolas não tem nenhumimpacto sobre o aprendizado. Os fatores mais importantes para aqualidade da educação são – e serão pelo futuro previsível – seusatores principais: professores e alunos.”(Revista Veja - 13/10/10 Gustavo Ioschpe)A boa formação é uma via de duas mãos: um bomprofessor e, principalmente, um aluno interessado. O perfilbuscado pela indústria hoje inclui características comportamentais.Trabalhar em equipe, ter liderança e ser próativosão algumas. Esse novo perfil já está sendo incluídoem disciplinas que focam habilidades comportamentais.Conforme os avanços tecnológicos se aproximam docotidiano, desde o genoma até as redes sociais, o mercadode trabalho vislumbra evoluções. Algumas ocupaçõessão criadas, outras ganham novos contornos, o que exigeprofissionais especializados em temas de ponta. Novosdesafios exigem novas qualidades de docentes e alunos.Profissional unirá lógica e imaginaçãoGilson SchwartzEspecial para a FolhaUma nova palavra ronda empresas, governos e universidades:transmídia. O conceito nasceu nos anos 90 paradesignar o que viria depois da multimídia e ganha forçapara designar a confluência entre realidade e virtualidade,apagamento de fronteiras entre real, digital e ideal.Não se trata só de usar várias mídias para contar umahistória. Vai para o espaço a hipótese de distinção claraentre a imaginação, sua representação e a realidade.Em boa parte das novas profissões apontadas por pesquisadores,as competências referem-se à habilidade demisturar algo da realidade, algo simbólico ou cognitivo eboa dose de imaginação.Escolas, universidades, empresas e governos estãodespreparados para a nova ordem transmidiática. Engenheirose médicos são treinados para tratar do que é supostamenteregido pela ordem cartesiana. Administradores,economistas, advogados e servidores gerenciam regras combase em códigos estabelecidos pelo hábito.O profissional do futuro combinará lógica, reinvençãode regras e sensibilidade em lampejos da imaginação.Atender a uma comunidade virtual da terceira idade ouinventar moedas são tarefas que não se resolvem só com lógica,prática ou imaginação. É preciso combinar tudo em atividadesque são frutos de conhecimento, diálogo e inspiração.(Folha de S.Paulo- Profissões do futuro – 10/10/2010)Além dos conhecimentos técnicos adquiridos durantea vida acadêmica, é essencial que o recém-formado sejainstruído em áreas mais abrangentes, como domínio delínguas estrangeiras, computação e noções de administração,economia, marketing e comunicação. Cabe a eleir à busca dessa formação extra-acadêmica em cursos deextensão universitária, que o colocará em posição privilegiadanesse mercado de trabalho exigente.c r m v s p . g o v . b rmv&z85
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