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Revista de Educação Continuada em Medicina ... - CRMV-SP

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I S E M I N Á R I O“As universidades tinham uma situação de torre demarfim, de estar acima de tudo, mas começam a mudar,e isso acontece no mundo inteiro."Nas Páginas Amarelas da Revista Veja de 27 de outubro2010, o reitor da USP, Dr. João Grandino Rosas, deuuma entrevista no mesmo sentido.Qual a proposta de solução? O avanço da ciência, a ampliaçãodo conhecimento, a rápida evolução do mercadoe de suas necessidades não cabem mais na grade curricularde quatro mil e poucas horas. A medicina humana,por exemplo, já está programando estender a duração docurso em mais um ano. A Universidade tem autonomiapara criar disciplinas, mas não de criar novas profissões.Tomando exemplo em outras áreas, a tentação de quererformar profissionais específicos para “atender a demandado mercado” é grande. A engenharia, por exemplo,abriu um curso de engenheiro de moda. De uma possívelturma de 50, certamente teremos 48 desempregados.O veterinário é e deve ser formado como um generalistaque, ao final do curso, esteja apto a receber complementação.O Manual de Responsabilidade Técnica do CRMV-SPreflete bem o ambiente profissional. O veterinário é diplomadoe tem um leque de oportunidades para atuação.Nesse manual, editado em 2009 pelo Conselho Regionalde Medicina Veterinária do Estado de São Paulo,estão descritas 32 atividades em que o veterinário é chamadoa exercer responsabilidade técnica.Em nenhum momento, pensou-se em transformar essasatividades em profissões específicas. Para desenvolvêlas,o formando e o veterinário recém-diplomado devemprocurar as habilidades necessárias através de complementaçãoem seminários, palestras e congressos.O aluno deve se envolver mais nos temas atuais, serexigido mais nas aulas e desenvolver senso de responsabilidadee empreendedorismo, ou seja, se mostrarinteressado e ser cobrado por isso. De novo, destaco anecessidade de profissionalismo.Na busca do sucesso profissional, o que importa é oesforço contínuo em se aperfeiçoar sob a orientação doprofessor. Cabe ao profissional desenvolver as competênciasnecessárias para atender os requisitos das empresase conseguir a vaga.“A presença de computadores nas escolas não tem nenhumimpacto sobre o aprendizado. Os fatores mais importantes para aqualidade da educação são – e serão pelo futuro previsível – seusatores principais: professores e alunos.”(Revista Veja - 13/10/10 Gustavo Ioschpe)A boa formação é uma via de duas mãos: um bomprofessor e, principalmente, um aluno interessado. O perfilbuscado pela indústria hoje inclui características comportamentais.Trabalhar em equipe, ter liderança e ser próativosão algumas. Esse novo perfil já está sendo incluídoem disciplinas que focam habilidades comportamentais.Conforme os avanços tecnológicos se aproximam docotidiano, desde o genoma até as redes sociais, o mercadode trabalho vislumbra evoluções. Algumas ocupaçõessão criadas, outras ganham novos contornos, o que exigeprofissionais especializados em temas de ponta. Novosdesafios exigem novas qualidades de docentes e alunos.Profissional unirá lógica e imaginaçãoGilson SchwartzEspecial para a FolhaUma nova palavra ronda empresas, governos e universidades:transmídia. O conceito nasceu nos anos 90 paradesignar o que viria depois da multimídia e ganha forçapara designar a confluência entre realidade e virtualidade,apagamento de fronteiras entre real, digital e ideal.Não se trata só de usar várias mídias para contar umahistória. Vai para o espaço a hipótese de distinção claraentre a imaginação, sua representação e a realidade.Em boa parte das novas profissões apontadas por pesquisadores,as competências referem-se à habilidade demisturar algo da realidade, algo simbólico ou cognitivo eboa dose de imaginação.Escolas, universidades, empresas e governos estãodespreparados para a nova ordem transmidiática. Engenheirose médicos são treinados para tratar do que é supostamenteregido pela ordem cartesiana. Administradores,economistas, advogados e servidores gerenciam regras combase em códigos estabelecidos pelo hábito.O profissional do futuro combinará lógica, reinvençãode regras e sensibilidade em lampejos da imaginação.Atender a uma comunidade virtual da terceira idade ouinventar moedas são tarefas que não se resolvem só com lógica,prática ou imaginação. É preciso combinar tudo em atividadesque são frutos de conhecimento, diálogo e inspiração.(Folha de S.Paulo- Profissões do futuro – 10/10/2010)Além dos conhecimentos técnicos adquiridos durantea vida acadêmica, é essencial que o recém-formado sejainstruído em áreas mais abrangentes, como domínio delínguas estrangeiras, computação e noções de administração,economia, marketing e comunicação. Cabe a eleir à busca dessa formação extra-acadêmica em cursos deextensão universitária, que o colocará em posição privilegiadanesse mercado de trabalho exigente.c r m v s p . g o v . b rmv&z85

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