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Revista de Educação Continuada em Medicina ... - CRMV-SP

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I S E M I N Á R I OGráfico 1 – Evolução dos Cursos de Engenharia Agronômica, Veterinária,Engenharia Florestal, Zootecnia e Engenharia Agrícola entre 1877 e 1989.os mesmos empregados quando dos procedimentos adotadospara a realização do Exame Nacional de Cursos deMedicina Veterinária, e resultantes do envolvimento dacomunidade acadêmica no processo. Temas como competênciase habilidades (gerais e específicas), conteúdos curriculares(conhecimentos e práticas), estágios e atividadescomplementares, além de princípios para a organização docurso e para a avaliação, eram as mesmas contempladas.A propósito dos 100 anosApesar da importância econômica e política, tantoem termos nacionais como em relação aos mercadosdos produtos brasileiros para o mercado externo (desdea produção de força animal para as minas e outros afazeresurbanos, a produção de carne para consumo local,a exemplo da produção de charque, até a exportação detodo tipo de carne hoje para o mundo), a estruturação daformação do equivalente ao médico veterinário demoroua se consolidar no Brasil.Conforme registra o Conselho Federal de MedicinaVeterinária (CFMV) 3 , somente no início do século XX, oEstado brasileiro formalizou a criação das primeiras instituiçõesvoltadas para o ensino de Veterinária no Brasil.Assim, por meio do Decreto nº 2.232, de 6 de janeiro de1910, foi criada a Escola de Veterinária do Exército, masque somente seria aberta em 17/07/1914 (note-se que, emvárias áreas, principalmente as engenharias, as modalidadesde ensino predecessoras dos atuais cursos superioresforam criadas a serviço do Exército no Brasil Colônia,por D. João VI, no Império e na República). No mesmoano, foi também criada a Escola Superior de Agriculturae Medicina Veterinária, por meio do Decreto nº 8.919, de20/10/1910, cujo início de funcionamento se deu, de fato,em 04/07/1913. Essas duas escolas tinham sede na cidadedo Rio de Janeiro, então capital do Brasil.Posteriormente, houve um inédito empenho da CongregaçãoBeneditina Brasileira do Mosteiro de São Bento,de Olinda, Pernambuco, em colocar em funcionamento,no dia 1º de julho de 1914, os cursos de Agronomia e Veterinária.Durante seus 13 anos de funcionamento, a Escoladiplomou 24 veterinários, antes de ser fechada peloabade D. Pedro Roeser, que a havia proposto e criado.Guy de Capdeville 4 relata que de 1913 (ano de início defuncionamento da Escola Superior de Agricultura e MedicinaVeterinária no Rio de Janeiro) até o ano de 1960funcionaram, no Brasil, 16 cursos de Medicina Veterinária,sendo que metade foi extinta.De 1961 a 1989, foram criados outros 27 novos cursos,dos quais apenas um foi desativado. Capdeville consideravaque “esse espetacular florescimento ocorrido a partirda década de 60 refletia o enorme interesse despertado pelaárea agrária e a importância por ela assumida diante dogoverno”. A esse crescimento ocorrido em todas as áreasda educação superior no final da década de 1960 e iníciodos anos 1970, costumou-se chamar de “explosão daeducação superior”, resultado do primeiro impulso aocrescimento da iniciativa privada, acompanhado pelaexpansão do ensino público, ambos promovidos pelo governomilitar como resposta às demandas da sociedadeexpressas pelo movimento estudantil (campanha dosexcedentes) e pelos setores ligados à modernização docapitalismo nacional.Segundo Guy de Capdeville, esse expressivo crescimentodo ensino superior agrícola na graduação foi seguido daimplantação da pós-graduação de mestrado e doutorado, oque teria resultado em altos índices de pessoal docente qualificado,além de produção científica de nível internacional.A qualidade do ensino de graduação na área e a aplicaçãodos resultados da pesquisa teriam permitido o desenvolvimentoda agricultura brasileira e sua relevantecontribuição na produção dos excedentes comerciais denossa balança comercial ao final dos anos 1980. Tal observaçãocertamente se aplica com muito mais propriedadeao Estado de São Paulo.3 CFMV. Portal. Disponível em: http://www.cfmv.org.br/portal/.4 CAPDEVILLE, G. R. Bras. Est. Pedag. Brasília, v. 72, n. 172, p. 229-261, set./dez. 1991.90 mv&z c r m v s p . g o v . b r

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