Turismo Rural
Ecoturismo e Turismo Rural - CEAD - Unimontes
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ticas e do grau de vulnerabilidade que os territórios ofereciam mediante<br />
a ocorrência de animais ferozes. Nesse cenário de vida itinerante, tinham<br />
lugar relações reprodutivas, transmissão de técnicas, caçadas coletivas, conflitos,<br />
manifestações artísticas e rituais.<br />
Nos primórdios do Paleolítico superior, a última fase da Antiga<br />
Idade da Pedra (aproximadamente 35.000 a.C., na Europa)<br />
o ser humano era eminentemente um nômade, deslocava-se<br />
de um lugar ao outro, seja em busca de alimentos para a sobrevivência,<br />
seja para sua proteção em abrigos seguros. Posteriormente,<br />
no período Neolítico, passava a ser um pouco<br />
mais sedentário, começando a estabelecer seu território, a<br />
cultivar a terra e a criar animais, desenvolvendo a produção<br />
de alimentos (BARBOSA, 2002, p.12).<br />
No universo mítico-religioso, as viagens aparecem primeiramente<br />
como castigos, remontando à Expulsão do Paraíso. Os homens viajavam à<br />
própria morte nos martírios de sua última e derradeira viagem. “Após essa<br />
partida espiritual, veio o retorno apresentado pela Bíblia, o livro sagrado do<br />
cristianismo, a qual foi profundamente marcada pelo diálogo entre o movimento<br />
de partida e o de retorno. Não é por acaso que um de seus primeiros<br />
livros se intitula O Êxodo”. De acordo com (BARBOSA, 2002, p.11):<br />
Na Mitologia, o tema da viagem é também predominante.<br />
Recorda-se, por exemplo, a arca de Noé impulsionada pelo<br />
holocausto diluviano, episódio apocalíptico comum a quase<br />
todas as culturas afroasiáticas, que para o seu heróico argonauta<br />
e inumeráveis ocupantes, não passou de uma longa<br />
viagem em busca da sobrevivência (MESQUITA, 1986, p.31).<br />
Observa-se, então, que nos primórdios da civilização a viagem<br />
decompunha-se no binômio fuga/sobrevivência. Portanto,<br />
a viagem é intimamente ligada ao mito do eterno retorno<br />
de que fala Mircea Eliade. A primeira grande viagem da história<br />
iniciou-se com Moisés, ao longo do deserto, conduzindo<br />
o povo de Israel até a terra prometida. Memorável jornada<br />
recheada de prodígios.<br />
Nesse contexto, os<br />
povos sumérios talvez<br />
possam ser considerados<br />
o ‘elo perdido’ do<br />
<strong>Turismo</strong> Moderno.<br />
É no contexto de surpreendentes viagens que surgem as rotas comerciais.<br />
Na Idade Antiga, a invenção da moeda pelos sumérios (Babilônia) e o<br />
desenvolvimento do comércio por volta de 4.000 a.C. marcam provavelmente<br />
o início da era moderna das viagens. Os sumérios abraçaram primeiro o dinheiro<br />
e o utilizaram em transações comerciais. Inventaram ainda a escrita e<br />
a roda, e são considerados por alguns como os criadores das viagens. A partir<br />
dos sumérios, os homens poderiam pagar pelo transporte e pela acomodação<br />
com dinheiro ou pela barganha de mercadorias. O comércio dava-se, então,<br />
em boa parte por meio de viagens (BARBOSA, 2002, p.14). Cabe lembrar que,<br />
“a invenção da roda pelos sumérios foi um marco importante no desenvolvimento<br />
dos transportes, possibilitando ao homem viajar transportando uma<br />
quantidade bem maior de produtos, utilizando engenhos que diminuíam a<br />
necessidade de esforços físicos” (YASOSHIMA e OLIVEIRA, 2002, p.17).<br />
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes<br />
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Agronegócio