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Turismo Rural

Ecoturismo e Turismo Rural - CEAD - Unimontes

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pelos turistas. De acordo com (MATOS, 2005, pg.40) “as redes, de fato, expressam<br />

múltiplas dimensões socioespaciais, urbanas e não-urbanas e traduzem<br />

muito bem as materialidades acopladas aos espaços em movimento.<br />

Indicam, por exemplo, lugares articulados por fluxos multivariados, como os<br />

de pessoas, capitais, informações, idéias e até culturas”. No caso da rede<br />

de turismo, isso se torna um pouco mais complexo, dada a sua própria configuração<br />

numa ótica sistêmica. Quando discutimos sobre a ideia de redes,<br />

podemos visualizar um emaranhado de coisas que se interligam, “a ligação<br />

a distância é o fundamento de tal noção, primária, de rede” (MARTINHO,<br />

2003, p. 08).<br />

Diante dessa reflexão, podemos, por exemplo, questionarmo-nos se<br />

o município de Montes Claros-MG estaria participando do processo de fortalecimento<br />

do turismo no Norte de Minas assumindo sua condição de polo<br />

regional e articulando o planejamento do turismo a partir do fortalecimento<br />

das redes de turismo que estão sendo construídas por meio dos Circuitos<br />

Turísticos da região. Nesse caso, podemos dizer que cada Circuito Turístico<br />

representaria um sistema e a consolidação desses Circuitos na região em<br />

diálogos permanentes, especialmente de fluxos turísticos formataria uma<br />

importante rede regional de <strong>Turismo</strong> onde participariam hotéis, pousadas,<br />

empresas de transporte, restaurantes, equipamentos de lazer, parques, clubes<br />

e demais prestadores de serviços capazes de atender os turistas.<br />

Manifesta-se recente o entendimento do turismo como parte fundamental<br />

do atual processo de desenvolvimento, sendo crescente a sua assimilação<br />

enquanto elemento significante da qualidade de vida do ser humano,<br />

ferramenta de preservação e gestão ambiental, fator essencial de<br />

aproximação entre os povos, instrumento de superação de conflitos étnicos<br />

e, condicionador de melhorias sociais a partir de suas dinâmicas, superando<br />

seu status apenas de atividade econômica. No entanto, o turismo conforme<br />

foi mencionado apresenta seu processo evolutivo construído sob permanentes<br />

contradições e, dessa maneira, acaba também por gerar significativos<br />

problemas que precisam ser minimizados.<br />

Desse modo, fica cada vez mais evidente a necessidade de efetuar o<br />

planejamento adequado dos espaços que, apropriados pelo e para o turismo,<br />

possam ser relevantes para as dinâmicas locais e ao mesmo tempo criem<br />

possibilidades de melhorias e interfaces entre aspectos socioculturais, econômicos,<br />

políticos e ecológicos por meio de redes sustentáveis e solidárias.<br />

Evitar, minimizar ou sanar esses problemas anuncia a importância e necessidade<br />

do planejamento estratégico para o desenvolvimento do turismo e, ao<br />

mesmo tempo, ganha força a proposição de comunidades receptoras, turistas,<br />

órgãos gestores, rede de turismo e, demais representações da sociedade<br />

participarem desse processo.<br />

Nesse sentido, o planejamento se apresenta como uma condição<br />

necessária, mas não suficiente para nortear a atividade turística. É fundamental<br />

a compreensão da sua totalidade, de suas dimensões e, considerando<br />

que a realidade se encontra em permanentes transformações, os produtos<br />

do planejamento devem ser constantemente revistos e assim o desenvolvi-<br />

e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes<br />

50<br />

Agronegócio

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