Turismo Rural
Ecoturismo e Turismo Rural - CEAD - Unimontes
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Apesar de alguns<br />
autores usarem o<br />
termo “Indústria do<br />
<strong>Turismo</strong>”, o turismo não<br />
pode ser considerado<br />
uma indústria visto<br />
que situa-se no setor<br />
terciário da economia.<br />
É, portanto, uma<br />
atividade de prestação<br />
de serviços.<br />
O desenvolvimento sustentável altera substancialmente todos os<br />
pressupostos do atual modelo de desenvolvimento econômico, inclusive da<br />
“indústria do turismo”, assim considerada por alguns estudiosos, sobremaneira<br />
na regulação dos padrões de consumo, estilos de vida, e de um aglomerado<br />
de funções produtivas. Em suas considerações Sampaio (2001, p. 30)<br />
afirma que “a temática turismo, de certo modo, vem sendo discutida ora<br />
como uma atividade tipicamente econômica (muitas vezes confundida com<br />
a terminologia indústria do turismo), ora como uma atividade econômica-<br />
-sócio-ambiental (turismo sustentável)”.<br />
A terminologia indústria do turismo, certamente de fácil<br />
correlação com o projeto civilizatório industrial-tecnológico,<br />
transforma o adjetivo econômico, diferentemente dos seus<br />
pares – social e ambiental – em substantivo. Nessa vertente,<br />
se tem uma preocupação maior com o sujeito chamado turista<br />
e sua demanda por necessidades, do que com o objeto<br />
denominado população receptiva e sua oferta de bens e serviços.<br />
O turismo sustentável, invertendo os papéis entre sujeito<br />
e objeto, tem com premissa estudar os impactos da atividade<br />
turística na população receptiva, vista como sujeito,<br />
isto é: analisar interdisciplarmente a comunidade impactada<br />
pela atividade turística, perpassando pelas ciências humanas,<br />
sociais e naturais (e não mais na visão duodisciplinar da<br />
economia e da administração), repensando as estratégias de<br />
um novo estilo de desenvolvimento no contexto da demanda<br />
social (SAMPAIO, 2001, p. 30).<br />
A consciência planetária sobre ameaças embutidas no projeto da<br />
civilização industrial-tecnológica, ocorrida a partir de 1970, semeia as raízes<br />
do desenvolvimento sustentável. A partir daí, a expansão da rede de inter-relações<br />
homem-meio ambiente passou a ampliar novas formas de assimilação<br />
da realidade instalada com o sistema capitalista. Em meio aos diálogos que<br />
se evidenciaram em todo o mundo sobre o tema, o meio ambiente e a problemática<br />
ambiental passaram a participar suas várias acepções em núcleos<br />
de entendimento opostos. De um lado, a concepção conservacionista, primando<br />
pelo mito da natureza intocada, e de outro, o denominado novo naturalismo,<br />
valorizando a relação simbiótica entre homem e meio ambiente.<br />
O conjunto de transformações que a sociedade experimentou nos<br />
últimos anos incidiu de maneira determinante na estrutura e no funcionamento<br />
do turismo. O desenvolvimento sustentável tem sido apresentado por<br />
vários estudiosos como o melhor caminho para se enfrentar os desafios da<br />
mudança global, apontando a necessidade de se atingir um claro entendimento<br />
sobre quais os riscos, vulnerabilidades e sensibilidades para se integrar<br />
sistemas econômicos eficientes e inclusivos, gestão ambiental prudente,<br />
mudanças culturais assentadas em processos pedagógicos transformadores e<br />
desenvolvimento social democratizado. Em sua compreensão, Moesch (2000,<br />
pg.09) aponta o turismo como,<br />
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes<br />
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Agronegócio