Turismo Rural
Ecoturismo e Turismo Rural - CEAD - Unimontes
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À medida que o período de 1900 a 1949 é marcado por uma transição<br />
entre crescimento e interrupção de fluxos, o cenário se altera com grandes<br />
mudanças a partir de 1950, quando se dá início à operação dos aviões a<br />
jato, disseminação automobilística e melhoria da comunicação. É na década<br />
de 60 que deparamos com o surgimento das primeiras operadoras oferecendo<br />
excursões turísticas. O ano de 1969 marca a história das viagens espaciais,<br />
com a épica viagem da nave Apollo 11, momento em que o americano Neil<br />
A. Armstrong, se torna o primeiro homem a pisar em solo lunar, o que motivou,<br />
por exemplo, em 2001, o milionário americano Dennis Tito a se tornar o<br />
primeiro turista espacial da história ao visitar a Internacional Space Station<br />
(ISS) após desembolsar vinte milhões de dólares para a Space Adventures,<br />
primeira empresa especializada em levar turistas à órbita da Terra.<br />
Até 1973, o boon do <strong>Turismo</strong> do século XX, também denominado<br />
por alguns autores como <strong>Turismo</strong> Social, ou <strong>Turismo</strong> Popular que, segundo<br />
Boullon, (1999, p.15), “por comodidade, é chamado de <strong>Turismo</strong> de Massa”,<br />
carrega em si grande euforia relacionada à prosperidade econômica e ao<br />
desenvolvimento de destinos e atrações, num cenário de grandes mudanças<br />
econômicas, políticas, sociais e culturais. Ao mesmo tempo, o <strong>Turismo</strong> começa<br />
a apresentar suas contradições quando manifesta os primeiros sinais de<br />
uma atividade exploratória, imprudente e degradante diante de sua própria<br />
matéria-prima, o meio ambiente, entretanto, nesse período, sua interferência<br />
ainda é tênue.<br />
Contudo, é a partir de 1974, momento do ingresso na era Jumbo,<br />
quando entra em operação o avião Concorde percorrendo o trecho Paris-Nova<br />
York em apenas três horas e, quando navios se transformam em destinos<br />
turísticos, diante de um mundo avesso ao cenário até então conhecido, que o<br />
<strong>Turismo</strong>, em meio a dinâmicas de constantes transformações, se depara com<br />
duas forças que passam a disputar o debate mundial: a sustentabilidade e a<br />
globalização. De um lado, o conceito de Desenvolvimento Sustentável sendo<br />
cunhado pelo Movimento Ambientalista Mundial, considerando que é preciso<br />
“satisfazer as necessidades da geração atual sem comprometer as necessidades<br />
das gerações futuras” Brundtland (1992), de outro, as grandes potências<br />
impondo a quebra de barreiras entre os povos, entre as economias, entre os<br />
mercados, especialmente impondo uma lógica economicista no sentido de<br />
fomentar a criação de blocos econômicos.<br />
Nesse momento, o <strong>Turismo</strong>, acompanhando uma euforia desenvolvimentista<br />
que já dava prenúncios de fracasso do modelo de desenvolvimento<br />
até então adotado, a partir de um acelerado processo de degradação ambiental<br />
desencadeado e dos reflexos gerados pela insustentabilidade social, especialmente<br />
nos países em desenvolvimento, passa a se inserir numa nova lógica,<br />
a do desenvolvimento sustentável, a fim de reverter suas contradições.<br />
No século XX, o turismo imprimiu significativas marcas na história<br />
da civilização. Melhorias no padrão de vida, otimização dos transportes, linhas<br />
aéreas comerciais, aumento da segurança e salubridade, férias pagas<br />
e tempo livre tornaram as viagens internacionais situações comuns, tinha-se<br />
então uma verdadeira “indústria de lazer”, elementos que (KRIPPENDORF,<br />
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