SOCIOLOGIA.
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Unidade I<br />
<strong>SOCIOLOGIA</strong> DAS ORGANIZAÇÕES<br />
Uma Visão Geral da Sociologia Aplicada às Organizações<br />
Desse modo, houve um período de amadurecimento dessas novas estruturas<br />
industriais, que coincide com o período denominado de primeira Revolução Industrial,<br />
sendo que a, maturidade ocorreu com a segunda Revolução Industrial (DIAS, 2008,<br />
p. 45). Com o decorrer do tempo, foram surgindo propostas que levariam a uma<br />
adequação das organizações industriais, às novas necessidades de produção. Ao<br />
mesmo tempo, foi crescendo a resistência operária à nova cultura que nascia no<br />
interior das fábricas, principalmente a baseada na disciplina.<br />
No final do século XIX, surgiram teorias que tinham como objetivo aumentar a<br />
produtividade, o controle e a submissão do ser humano, que é o único fator imprevisível<br />
na produção. Neste sentido, é que a Teoria da Administração Científica de Frederick<br />
Winston Taylor, trouxe como cerne a questão da busca da eliminação desse fator de<br />
imprevisibilidade, do fator humano. (DIAS, 2008).<br />
7.4.1 Organizações Econômicas Pré-Industriais<br />
Antes da Revolução Industrial existiam organizações econômicas que constituíam<br />
estruturas que precederam as indústrias. Dentre estas, as mais importantes são:<br />
as guildas ou corporações de ofícios, as manufaturas e as grandes companhias de<br />
comércio.<br />
As Corporações de Ofício ou Guildas: ofereciam proteção a seus membros de<br />
duas formas: do mestre a todos aqueles que trabalhavam com ele e da corporação<br />
ao mestre.<br />
Também chamada de guildas ou grêmios, eram<br />
associações que reuniam artesãos ou comerciantes<br />
e que surgiram na Europa durante a Idade Média, a<br />
partir do século XII. Tinham caráter voluntário e seus<br />
principais objetivos eram: garantir o monopólio do<br />
exercício da profissão ou do ramo de comércio; o<br />
controle da qualidade; e da quantidade de mercadorias<br />
produzidas; o treinamento dos aprendizes e a<br />
assistência a seus membros. (DIAS, 2008, p. 46).<br />
Características básicas das Corporações de Ofício: eram constituídas por três<br />
categorias de trabalhadores – o Mestre, os Oficiais (também chamados jornaleiros<br />
ou companheiros) e os Aprendizes.<br />
O Aprendiz – iniciava seu trabalho entre os 12 e os 15 anos de idade, morava<br />
na oficina ou na residência do Mestre. Era submetido à vigilância, à disciplina e aos<br />
castigos físicos pelo mestre.<br />
A corporação estabelecia a contribuição que o pai do aprendiz deveria pagar<br />
ao mestre. Os aprendizes não recebiam qualquer pagamento pelo seu trabalho, e o<br />
tempo de seu aprendizado variava de acordo com o ofício, podendo variar de 01 a<br />
12 anos; após terminar seu aprendizado, tronava-se oficial e depois podiam chegar<br />
a mestre. (op. cit.).<br />
Os mestres eram os donos da oficina, e acolhiam os oficiais e aprendizes. Os<br />
mestres de cada ofício detinham as ferramentas e forneciam a matéria-prima. O oficial<br />
passava a ser mestre através de um exame julgado por membros da corporação.<br />
(idem).<br />
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