SOCIOLOGIA.
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<strong>SOCIOLOGIA</strong> DAS ORGANIZAÇÕES<br />
Sociologia e Administração<br />
Unidade II<br />
Poder pessoal<br />
É aquele que emana de características únicas individuais. Não é preciso ocupar<br />
uma posição formal na organização para se ter poder. O poder pessoal é constituído<br />
por três bases, a saber: talento, respeito e admiração dos outros e carisma.<br />
1. Poder do talento – consiste na influência exercida como resultado da perícia,<br />
da habilidade específica ou do conhecimento. (op. cit.). Assim, à medida que<br />
necessitamos de especialistas como os médicos, engenheiros, tributaristas,<br />
economistas, etc, ficamos mais dependentes deles para alcançar os nossos<br />
objetivos. Isso devido ao poder resultante de um talento específico que cada<br />
profissional detem.<br />
2. Poder de respeito ou referência – a base é a identificação com uma pessoa<br />
que possua recursos ou traços pessoais desejáveis. Se admiro e me identifico<br />
com alguém, esse indivíduo exerce poder sobre mim, porque desejo agradá-<br />
-lo. O poder de referência emana da admiração pelo outro e do desejo de se<br />
parecer com ele. (idem).<br />
Por exemplo: as pessoas se identificam com celebridades (atores, atrizes,<br />
grandes personalidades política, religiosa, intelectual, etc.). Assim, se você<br />
ou eu fizesse um comercial de venda de algum produto na TV, talvez nosso<br />
discurso fosse convincente tal qual o das celebridades, mas, acontece que<br />
os consumidores não se identificariam conosco.<br />
3. Poder carismático – é na verdade uma extensão do poder de referência,<br />
que emana da personalidade e do estilo de uma pessoa. (idem, ibidem). O<br />
líder carismático conquista seus seguidores porque consegue articular visão<br />
atraente, corre riscos pessoais, demonstra sensibilidade pelo ambiente e pelas<br />
pessoas, além da predisposição para adotar comportamentos considerados<br />
não convencionais.<br />
5.2.2 Autoridade e Poder Carismáticos: A Variável Sentimentos<br />
Carisma é a capacidade que o individuo tem de controlar comportamentos de<br />
outros, não pela posição social que ocupa, mas, pela devoção ao lhe atribuir qualidades<br />
excepcionais, como habilidades mágicas, heroísmos invulgar, capacidade mental ou<br />
de conhecimento. (BERNARDES, 2003).<br />
Para que isso ocorra existe uma base psicológica, que se acredita ser a<br />
permanência de estágios de desenvolvimento anteriores à idade cronológica da vida<br />
adulta, continuando como resquícios do pensamento mágico da criança. (BERNARDES,<br />
2003, apud, FOGUEL & SOUZA, 1980, p. 147-150).<br />
Desta forma, as fantasias são mantidas culturalmente pela grande quantidade de<br />
pessoas que conservam ainda esses estágios iniciais da existência. Neste aspecto,<br />
ainda pode-se dizer que tais estágios são reforçados pelo cinema, televisão e revistas,<br />
onde sempre tem um salvador da pátria, um super-herói, que é imposto aos que estes<br />
comandam e os quais lhes têm obediência cega, ao passo que, deveriam mostrar um<br />
trabalho coletivo, que lhes fossem capazes de autogerirem, sem submissão ao seu<br />
comando.<br />
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Mas, para que nas burocracias o carisma seja mantido, é preciso uma continua<br />
representação teatral, com papéis condizentes e cenários preparados com a ajuda de<br />
símbolos de alto status. (BERNARDES, 2003, apud, THOMPSON, 1967, p. 136-171).