SOCIOLOGIA.
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<strong>SOCIOLOGIA</strong> DAS ORGANIZAÇÕES<br />
A Organização Formal<br />
Unidade III<br />
6. A Teoria Da Autoridade<br />
Em oposição a alguns sociólogos, Chester Barnard (1985), considerava as<br />
empresas como instrumentos mais eficazes para o progresso social do que o Estado<br />
ou as igrejas. Enquanto, o Estado e as igrejas são baseados na autoridade formal, as<br />
empresas regem-se pela cooperação entre indivíduos ligados por uma causa comum,<br />
mas que têm uma vida curta.<br />
As organizações não sobrevivem por não estarem<br />
de acordo com dois critérios essências para sua<br />
sobrevivência: a efetividade e eficiência. Enquanto,<br />
sua definição de efetividade era a usual, a de eficiência<br />
em uma organização referia-se ao grau em que uma<br />
organização se encontra quanto à capacidade de<br />
satisfazer as necessidades dos indivíduos. Se uma<br />
organização atende às necessidades individuais<br />
enquanto atinge seus objetivos explícitos, a cooperação<br />
entre os membros deve perdurar. Ele analisou questões<br />
como a liderança, a cultura e os valores 30 anos<br />
antes de o mundo empresarial se aperceber da sua<br />
existência. (BARNARD, 1985).<br />
Sobre a Teoria da Autoridade, Barnard (1985, p. 169), diz que “é a característica<br />
de comunicação (ordem) numa organização formal, em virtude da qual ela é aceita<br />
por um contribuinte ou “membro” da organização, como governando a ação com que<br />
ele contribui”. Isto é, dirigindo ou determinando o que ele faz ou o que ele não deve<br />
fazer no que tange à organização.<br />
De acordo com esta definição, a autoridade envolve dois aspectos: primeiro, o<br />
subjetivo, o pessoal, a aceitação de uma comunicação como tendo autoridade. O<br />
segundo, o aspecto objetivo, a característica da comunicação em virtude da qual<br />
ela é aceita. Se uma comunicação é aceita por aquele a que é endereçada, sua<br />
autoridade, para ele, está confirmada ou estabelecida. Ela é admitida como a base<br />
da ação. (BARNARD, 1985).<br />
A desobediência a tal comunicação para ele é uma negação da autoridade.<br />
Dessa forma, diante de tal definição, a decisão sobre ter ou não essa ordem alguma<br />
autoridade recai sobre as pessoas a quem ela é endereçada, e não reside em pessoas<br />
de autoridade ou naquelas que emitem essas ordens.<br />
A teoria da autoridade é vista no contexto do sistema comunicativo e é regida<br />
por regras essências, a saber: Os canais de comunicação devem ser definidos; Todos<br />
devem conhecer os canais de comunicação; Todos devem ter acesso aos canais formais<br />
de comunicação; Linhas de comunicação devem ser mais curtas e diretas possíveis;<br />
A competência de pessoas que servem como centros de comunicação devem ser<br />
adequados; A linha de comunicação não deve ser interrompida enquanto a organização<br />
estiver funcionando; Toda comunicação deve ser autenticada.<br />
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Dessa forma, o que torna a comunicação autorizativa depende do subordinado,<br />
e não do superior. Ele dizia que os gestores devem obter autoridade tratando seus<br />
subordinados com respeito e competência. Assim, toda comunicação se relaciona com<br />
a formulação do propósito e a transmissão das prescrições coordenadoras para a ação