SOCIOLOGIA.
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Unidade II<br />
<strong>SOCIOLOGIA</strong> DAS ORGANIZAÇÕES<br />
Sociologia e Administração<br />
Desse modo, do conceito acima se pode tirar várias deduções, tais como:<br />
1. Em razão das diferenças culturais de um país para outro, a socialização<br />
determina tipos diversos de indivíduos. Por exemplo: os muitos fracassos<br />
nas tentativas de transferir para o Brasil, técnicas visando ao aumento da<br />
produtividade, como no caso da administração por objetivos dos americanos<br />
e do kanban dos japoneses.<br />
2. A cultura ramifica-se em sucessivas subculturas, o que sugere diferenças na<br />
socialização das várias classes sociais e profissionais. Por exemplo: o gerente<br />
de classe média não entende as razões de a mão-de-obra não especializada<br />
desinteressar-se por cursos profissionalizantes com o fim de melhorar o<br />
padrão de vida.<br />
3. Embora a socialização ocorra durante toda vida, seu núcleo é fixado na infância,<br />
após a qual pode, no máximo, mudar nos aspectos mais superficiais.<br />
Por exemplo: o burocrata incompetente e de meia idade que, por injunções<br />
políticas, é fantasiado em diretor ou presidente de empresa estatal, nunca se<br />
transformará em empresário. Isto por lhe faltar experiência administrativa e,<br />
sobretudo, por não ter motivação para negócios, pois, caso a possuísse, já<br />
teria se destacado como dirigente em algum ramo econômico. (BERNARDES,<br />
2003, p. 32).<br />
Portanto, a socialização condiciona quais serão os objetivos pessoais que o<br />
individuo tentará satisfazer nas organizações, seja tentando ser admitido como<br />
empregado, seja criando sua própria empresa. (op. cit.). Assim, o elenco de objetivos<br />
pessoais buscados nas organizações vai além do recebimento de salário. Tais objetivos<br />
decorrentes do trabalho se materializam em três tipos, a saber:<br />
• Tecnologias – terminar a tarefa começada; ter reconhecido o serviço<br />
executado; ter responsabilidade e autonomia; aprender a desenvolver-se<br />
profissionalmente.<br />
• Preceitos – organização ser bem administrada; trabalhar sob chefia<br />
competente; ter oportunidade de promoção; ganhar salário condizente;<br />
ter estabilidade no emprego; desfrutar de prestígio e usufruir de poder.<br />
• Sentimentos – gozar da amizade da chefia e ter bons relacionamentos<br />
com os companheiros. (idem).<br />
Desse modo, decorre que os indivíduos que atuam em organizações passam a<br />
sofrer Pressões Técnicas para alcançarem os objetivos organizacionais, que para<br />
o Bernardes (2003), ”é a exigência que o participante da organização sente para<br />
executar ou não determinado trabalho, independente da chefia ou companheiros”.<br />
Neste sentido, a pressão técnica compõe alguns aspectos que influencia mais ou<br />
menos o desempenho do individuo.<br />
Aspectos da Pressão Técnica:<br />
• A pressão técnica é variável.<br />
• Depende da personalidade.<br />
• Pode ser pressão formal (vindo da chefia).<br />
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