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SOCIOLOGIA.

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<strong>SOCIOLOGIA</strong> DAS ORGANIZAÇÕES<br />

Uma Visão Geral da Sociologia Aplicada às Organizações<br />

Unidade I<br />

Para se tornar mestre, o oficial deveria apresentar uma obra prima, ou seja, a<br />

primeira obra por ele executada. A corporação determinava o número de mestres e<br />

de oficinas nas cidades. O tamanho da oficina e o número de oficinas e aprendizes<br />

também eram regulados pela corporação. (idem, ibidem).<br />

As corporações de ofícios se mantiveram legalmente<br />

até o ano de 1824, quando foi promulgada a primeira<br />

Constituição do Império, que as aboliu. Porém, o auge<br />

de suas atividades ocorreu na primeira metade do<br />

século XVIII. Neste período, os ofícios e ocupações<br />

em atividades eram: carcereiro, escrivão, mestre<br />

de capela, cirurgião, rendeiro dos dízimos, lacrador,<br />

mercador tratante, peruleiro, purgador, tanoeiro,<br />

caldeireiro, serralheiro, carreiro, barqueiro, pedreiro,<br />

calceteiro, telheiro, tecedeira, lavandeiro, barbeiro,<br />

sapateiro, ferreiro, alfaiate e carpinteiro. (DIAS, 2008).<br />

As Manufaturas – a fase de produção mecanizada foi uma etapa importante que<br />

sucedeu a corporação de ofícios. Neste período, houve um aumento da produção de<br />

mercadorias, o trabalho conheceu a divisão de suas atividades e, a produção doméstica<br />

no campo controlada pelos mercadores, causou a decadência das corporações de<br />

ofícios. (DIAS, 2008, p.47).<br />

No período da manufatura, o capitalista (empresário) fornecia as ferramentas<br />

e a matéria-prima para que os artesões realizassem o trabalho, ele se encarregava<br />

da venda dos produtos. A manufatura é uma forma de cooperação que predominou<br />

durante o período do capitalismo comercial na Europa, que antecede a Revolução<br />

Industrial, e que de modo geral vai de meados do século XVI até o século XVIII. (op.<br />

cit.).<br />

Para o estudioso do capitalismo Karl Marx, a manufatura pode se originar de<br />

dois modos:<br />

Primeiro: quando os trabalhadores de ofícios diversos e independentes são<br />

concentrados numa mesma oficina, sob o comando de um mesmo empresário, pelos<br />

quais deverá passar o produto até o seu acabamento final.<br />

Segundo: é oposta a anterior, quando os trabalhadores que fazem uma coisa ou<br />

um mesmo tipo de trabalho. Essa forma de trabalho é mais simples, com cada artífice<br />

produzindo a mercadoria por inteiro (DIAS, 2008).<br />

No entendimento de Marx (apud, Dias, 2008, p. 50),<br />

“O período manufatureiro simplifica, aperfeiçoa e<br />

diversifica as ferramentas, adaptando-as às funções<br />

exclusivas especiais do trabalhador parcial. Com isso,<br />

cria uma das condições materiais para a existência<br />

da maquinaria, que consiste numa combinação de<br />

instrumentos simples”.<br />

Em outras palavras: o processo manufatureiro criou as condições para a introdução<br />

das máquinas no processo produtivo que caracterizam o período industrial. (op. cit.).<br />

34<br />

As Companhias de Comércio – constituíram-se na expressão mais forte do<br />

mercantilismo do século XVII. Eram sociedades que detinham cartas especiais

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