24.11.2015 Views

SOCIOLOGIA.

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

<strong>SOCIOLOGIA</strong> DAS ORGANIZAÇÕES<br />

Sociologia e Administração<br />

Unidade II<br />

Em Administração, as empresa que seguem esse modelo de administrar são<br />

conhecidas como organizações pré-burocráticas. Nessas empresas, a base da<br />

promoção é realizada através do favoritismo, as normas e as regras dependem da<br />

tradição ou capricho e o tempo de mando decorre do grau de sujeição ao seu “Senhor”.<br />

(BERNARDES, 2003, apud, BASIL & COOK, 1978, p. 77-78 e 104-105)<br />

5.1.2.1 Autoridade Tradicional<br />

A autoridade tradicional não é racional, pode ser transmitida por herança e é<br />

extremamente conservador. A legitimação da autoridade tradicional provém da crença<br />

no passado eterno, na justiça e na maneira tradicional de agir. (CHIAVENATO, 2000,<br />

p. 199).<br />

O líder tradicional é o “Senhor” que comanda em virtude do seu status de herdeiro<br />

ou sucessor. Suas ordens são pessoais e arbitrárias, seus limites são fixados pelos<br />

costumes e hábitos e os seus súditos e/ou vassalos obedecem por respeito ao seu<br />

status tradicional.<br />

Segundo Chiavenato (2000), a dominação tradicional é típica da sociedade<br />

patriarcal, quando envolve grande número de pessoas e um vasto território, pode<br />

assumir duas formas administrativas para sobreviver:<br />

1. Forma patrimonial – na qual os funcionários que preservam a dominação<br />

tradicional são os servidores pessoais do “Senhor” – parentes, favoritos,<br />

empregados, etc. - e são geralmente dependentes economicamente dele.<br />

2. Forma feudal – na qual o aparato administrativo apresenta maior grau de<br />

autonomia com relação ao “Senhor”. Os funcionários – vassalos ou suseranos<br />

– são aliados do “Senhor” e lhe prestam um juramento de fidelidade. (op. cit.).<br />

Em virtude desse contrato, os vassalos exercem uma jurisdição independente,<br />

dispõem de seus próprios domínios administrativos e não dependem do “Senhor” no<br />

que tange a remuneração e subsistência.<br />

5.1.2.2 Poder Tradicional<br />

Comenta-se que tanto o poder quanto a autoridade tradicional pertence ao<br />

passado e, assim, pouca utilidade tem para o administrador. Não é verdade, em nosso<br />

país, por exemplo, muitas das organizações existentes, ainda administram na era préburocratica,<br />

pois a tradição faz parte da cultura dessas organizações. Constata-se um<br />

paradoxo na afirmação acima, pelo motivo de que na cultura nacional não dá muita<br />

importância à tradição, aos costumes, aos hábitos e as leis. No entanto, não é bem<br />

assim, pois o empregado ou funcionário obedece ao chefe por deferência a quem<br />

desfruta de prestígio, especialmente, se decorre da propriedade de bens materiais. A<br />

autoridade e o poder são uma questão de grau, ou seja, do valor assumido pela variável<br />

da tradição. Dessa maneira, “é factível identificar a tradição com a variável cultural de<br />

preceitos, pois ela se refere aos usos, costumes, leis, crenças e valores internalizados<br />

nas pessoas pela aprendizagem desde a infância, ou seja, um componente da cultura<br />

intrapsíquica”. (BERNARDES, 2003, p. 55).<br />

52<br />

Neste sentido, pode-se dizer que nas sociedades e nas organizações tradicionais<br />

a variável preceitos assume valores elevados e seu conteúdo se refere à aceitação<br />

de dependência “porque assim deve ser”. (op. cit.).

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!