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Design Televisual: Linguagens e Processos Rosana Vaz Silveira 24 Saul Bass apresentou uma animação gráfica inserida no início do filme The Man With The Golden Arm (Figura 5), optando por elementos vetoriais (gráficos 2D) com ritmo envolvido na música-tema cantada por Frank Sinatra, também intérprete do herói no filme. Figura 05: Créditos de abertura do filme The Man With The Gold Arm (1955). Fonte: YouTube (2007). Esta produção marcou o início do desenvolvimento do campo do design audiovisual, devido à modificação feita por Bass ao anunciar título e créditos dos filmes. No entanto, Bass tornou-se realmente conhecido (e premiado) ao realizar este tipo de projeto para os filmes Vertigo (1958) (Figura 6) e Psycho (1960) de Alfred Hitchcock. A experiência com esta solução processual auxiliou o designer a produzir filmes de curtametragem como Why Man Creates (1968), assim como abriu um espaço para artistas gráficos e visuais pensarem na inserção de elementos gráficos que dialogassem com a gramática cinematográfica. Figura 06: Créditos de abertura do filme Vertigo (1958). Fonte: You Tube (2008). Em decorrência, os créditos de abertura dos filmes, também chamados de opening, animation introducing, movie credits, open credits, bem como movie titles e main title 4 para o design e animação dos títulos, foram e são consideradas peças identificadoras para situar o espectador no enredo do filme, uma introdução ilustrativa e explicativa da temática central da obra. (LAS-CASAS, 2007) 4 abertura (oppening), introdução animada (animation introducing), créditos em movimento (movie credits), créditos de abertura (open credits), título em movimento (movie title), título principal (main title).
Design Televisual: Linguagens e Processos Rosana Vaz Silveira 25 É possível, portanto, considerar que a própria produção do roteiro mais os elementos de narrativa dos créditos de abertura dos filmes tenham incentivado a linguagem e a construção do cinema de animação, ampliando o campo do design. Além disto, pode-se considerar que as aberturas não deixam de ser uma espécie de curta-metragem (entre 1 a 5 minutos de duração) ou podem ser o próprio cinema de animação dentro de um longa-metragem. Um exemplo de abertura destes atributos que se destaca seria a do filme do filme Pink Panther, a partir do desenho animado projetado por Friz Freleng em 1964, tornou-se um desenho animado para a TV, devido ao sucesso da personagem concebido para a abertura do filme. Figura 07: Pink Panther, desenho projetado por Friz Freleng (1964). Fonte: You Tube (2008). Outro fator importante é decorrente do desenvolvimento tecnológico dos suportes técnicos, o que pode ser observado nos exemplos datados nas figuras seguintes. Um dos primeiros créditos de abertura no cinema foi a do filme Charade (1963), do designer Maurice Binder. Figura 08: Créditos de abertura do filme Charade (1963). Fonte: YouTube (2007). Nota-se que a construção da abertura de créditos, naquela época, baseava-se em uma animação de símbolos gráficos sem interferência ou relação com alguma cena do filme ou envolvimento com a imagem dos personagens. O filme narra a história de uma personagem que, depois da morte do marido, envolve-se em uma trama misteriosa e é perseguida por quatro ex-companheiros do falecido. Como construção narrativa desta introdução animada, o contexto se apresenta da seguinte forma: na primeira imagem, vê-se uma espiral que remete à dúvida ou à confusão. Na segunda, linhas dançam rapidamente entre si, podendo depreender-se um sentido de perseguição. Da mesma forma, a imagem do labirinto, intensifica esta interpretação: quatro nomes perseguindo
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