Arquivo PDF - Universidade Anhembi Morumbi
Arquivo PDF - Universidade Anhembi Morumbi
Arquivo PDF - Universidade Anhembi Morumbi
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
Design Televisual: Linguagens e Processos Rosana Vaz Silveira 36<br />
Figura 19: Abertura da série Armação Ilimitada (1985). Fonte: You Tube (2007).<br />
Ainda nos anos oitenta, em meio a todos estes acontecimentos, surgiu outro<br />
importante fenômeno cultural: o videoclipe, vídeo de aproximadamente 05 minutos, que<br />
pode apresentar imagens construídas para traduzir o contexto narrativo de uma<br />
música, imagens com um fundo musical com ou sem sincronia imagem-som ou, ainda,<br />
um vídeo de cunho experimental oriundos da comunidade do cinema independente.<br />
Embora produzido em grande escala nesta época, o canal americano de música<br />
MTV (Music Television) incentivou a produção do videoclipe, oferecendo outro campo<br />
de trabalho para os videomakers, artistas audiovisuais e designers. A MTV transmitia<br />
45 videoclipes por dia e aumentava o faturamento da venda de discos de músicos e<br />
bandas. O videoclipe Video Kills The Radio Star, da banda Buggles (1983) ao<br />
confrontar o rádio, apresenta a TV não apenas como o espaço para se ouvir música,<br />
mas como esta valorizou o gênero musical em decorrência do complemento visual.<br />
Figura 20: Videoclipe da música Vídeo Kills The Radio Star, da Banda Buggles (1983) Fonte: You Tube<br />
(2007).<br />
Os videoclipes estabeleceram uma linguagem videográfica marcante,<br />
principalmente pela descontinuidade das imagens, planos de cena trêmulos, falta de<br />
linearidade na composição da peça, aplicação de efeitos e exageros técnicos na<br />
produção. Um exemplo disto é o clipe da banda New Order para a música Blue Monday<br />
(1983), produzida pelo artista plástico e um dos pioneiros da videoarte, William<br />
Wegman.