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Design Televisual: Linguagens e Processos Rosana Vaz Silveira 67
a) “Seqüência genérica” é definida como um conjunto de seqüência de
elementos gráficos que começam antes de uma emissão como, por exemplo, a
abertura de um programa de TV, e tem por objetivo “mediatizar” (prometer, anunciar,
evocar ou fazer lembrar) relacionando a composição visual com a emissão (programa,
anúncio, vinheta), ou seja, em outras palavras, o autor refere-se à identidade televisual.
b) A seqüência genérica ou identidade televisual é composta de “genéricos”, ou
seja elementos gráficos de caráter institucional (de um programa ou um canal) com a
intenção de situar o telespectador em relação ao que está assistindo no momento.
Assim, prometem, anunciam, evocam e escolhem “níveis de dimensões” propondo
hierarquias de informação visual para que o telespectador apreenda o procedimento de
uma emissão.
Além dos níveis de hierarquias, os elementos gráficos apresentam “segmentos”
ao desenvolver significações de sentido complementares, denotam diferentes
funcionalidades quando inseridos em um componente projetual de identidade. .
Para perceber como atuam as hierarquias e as funcionalidades dos elementos
gráficos, Fontanille propõem uma classificação para interpretar a identidade televisual:
a composição e a sintaxe.
Na composição da identidade televisual encontra os seguintes tipos de
funcionalidades:
a) “telas-título ou tela-logo”: aparecem na abertura de uma emissão, considerada
peça principal da identidade, a vinheta televisiva e a ID;
b) “genérico stricto sensu”: tipo de tela-título que além do logotipo, pode
apresentar o nome ou figura do animador-apresentador, a abertura de programa;
c) “aparição do animador”: animador com elementos da identidade televisual, o
personagem ou signo do programa ou do canal;
d) “sumário”: apresentação do conteúdo temático da emissão, informações sobre
o que a emissão transmitirá a Promo;
e) “segmentos-motivo”: são elementos gráficos estereotipados ou conceituais, que
podem aplicar-se como inscrições sobrepostas, logos e outros tipos de animações, os
signos e símbolos gráficos referentes ao conceito institucional da identidade.
Além dos tipos de funcionalidades, a composição da identidade televisual possui
os seguintes níveis de hierarquias:
a) “pelo conceito”: qual conceito quer transmitir ao telespectador;
b) “pelo conteúdo”: quais temáticas são apresentadas na emissão;
c) “pelo regime de crença”: como acontece a interpretação da emissão;
d) “pelo papel dos animadores”: qual a função da personagem ou signo.