Arquivo PDF - Universidade Anhembi Morumbi
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Design Televisual: Linguagens e Processos Rosana Vaz Silveira 34<br />
linguagens que foram exploradas e experimentadas pelos artistas do movimento<br />
conhecido como videoarte ou videoart, em 1965.<br />
Videoarte ou videoart<br />
Podem-se considerar os artistas precursores da videoarte o artista coreano Nam<br />
June Paik e o engenheiro Wolf Vostell. Paik realizou uma exibição chamada Exposition<br />
of Music-Electronic Television, distribuindo televisores em vários lugares, aproximando<br />
imãs aos tubos catódicos da TV para alterar e distorcer imagens, demonstrando a<br />
viabilidade de sincronia imagem e música por procedimento analógico. A TV Magnet<br />
(traduzida como Vídeos Dançantes) considera-se como o início da vídeoarte.<br />
Figura 18: Vídeos Dançantes, de Nam June Paik (meados de 1970).<br />
O vídeo começou a ser praticado imediatamente, apresentando características<br />
experimentais, alternativas, típicas das produções independentes, configurando seu<br />
formato videográfico com uma estrutura fundamentalmente híbrida, não só pelas<br />
possibilidades que oferecia, mas também pela autonomia de testar recursos visuais<br />
que, no cinema, tornavam-se extremamente onerosos. No entanto, como naquela<br />
época não existia um software para editar, cortava-se a fita magnética com lâmina de<br />
barbear, mesmo sistema utilizado para montar (editar) o filme no cinema.<br />
Pela facilidade de acesso a este suporte, ou seja, por conta da disseminação<br />
popular da prática de produzir vídeos, incrementou-se a geração de vídeos caseiros ou<br />
concebidos por pessoas sem formação no campo das artes e do design. O vídeo<br />
caracterizou-se como uma ferramenta de conteúdo artístico duvidoso, principalmente<br />
se comparado à gramática e à estrutura narrativa que o cinema conquistara. A imagem<br />
videográfica apresentava-se precária, com baixa definição, e sua tela de dimensões<br />
pequenas – já que é um formato projetado para TV analógica – exigia um grande<br />
cuidado com a quantidade de conteúdo informacional, tais como um plano muito aberto<br />
ou detalhes minuciosos em um cenário, que acabavam se perdendo nas linhas que<br />
compõem este tipo de projeção.