Claudia da Silva Moraes Fagundes - Uneb
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tem como pré-condição o fato de que texto e leitor estão mergulhados em horizontes<br />
históricos, muitas vezes distintos e defasados, que precisam fundir-se para que a comunicação<br />
ocorra. Neste sentido, o leitor poderá identificar-se ou estranhar-se com o texto. Com relação<br />
ao texto do livro “Quem tem medo de ridículo? aplicado para os alunos do 4º ano <strong>da</strong> Escola<br />
Municipal Anfrísia Santiago podemos afirmar que os alunos se identificaram com o texto do<br />
livro, pois ao relatarem os seus medos e as atitudes que eles consideravam ridículas e<br />
compararem elementos <strong>da</strong> sua cultura com a de outros países, estabeleceram assim um<br />
diálogo com a obra e isso é muito importante para que a recepção ocorra, pois as<br />
possibili<strong>da</strong>des de diálogo com a obra dependem, então, do grau de identificação ou<br />
distanciamento do leitor em relação a ela, no que concerne às convenções sociais e culturais a<br />
que está vinculado e à consciência que delas possui.<br />
Com relação à obra Atrás <strong>da</strong> Porta, trabalha<strong>da</strong> com os alunos do 5º ano <strong>da</strong> escola<br />
municipal deputado Gersino Coelho, houve uma participação e envolvimento <strong>da</strong> maioria dos<br />
alunos, pois alguns criaram as histórias baseados na história do próprio livro “Atrás <strong>da</strong> Porta”,<br />
estabelecendo um diálogo com a obra. Segundo Bordini e Aguiar (1988, p.83), no ato <strong>da</strong><br />
recepção, a fusão de horizontes de expectativas se dá obrigatoriamente, uma vez que as<br />
expectativas do autor se traduzem no texto e as do leitor são a eles transferidos. Percebi que<br />
muitos mostraram interesse e incorporaram a idéia <strong>da</strong> biblioteca misteriosa, <strong>da</strong> vovó que<br />
contava as histórias para Carlinhos, o protagonista do texto e <strong>da</strong> abertura <strong>da</strong> biblioteca ao<br />
público como incentivo ao hábito de leitura, tanto que estes fatos estão bem presentes nas<br />
produções escritas de alguns, contudo percebi a falta de interesse de outros alunos não<br />
participando <strong>da</strong> proposta <strong>da</strong> criação e escrita <strong>da</strong>s suas histórias.<br />
O livro Azul e lindo planeta terra nossa casa, também foi trabalhado com a turma do 5º<br />
ano <strong>da</strong> escola Gersino Coelho, os alunos mostraram-se interessados e atentos ao ouvir o texto,<br />
participaram dos questionamentos sobre a preservação do nosso planeta e sobre as<br />
conseqüências <strong>da</strong> poluição ambiental e construíram brinquedos com materiais recicláveis. A<br />
leitura do texto e as ativi<strong>da</strong>des realiza<strong>da</strong>s fizeram parte de um trabalho interdisciplinar entre a<br />
disciplina literatura infantil, a disciplina ciências e o tema transversal meio ambiente, um dos<br />
motivos <strong>da</strong> escolha deste livro.<br />
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