Claudia da Silva Moraes Fagundes - Uneb
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A escola organiza suas ativi<strong>da</strong>des através <strong>da</strong>s reuniões de AC, que acontecem às<br />
sextas-feiras, a partir <strong>da</strong>s 10 h, quando os professores discutem, junto com a coordenadora,<br />
medi<strong>da</strong>s para a otimização do funcionamento <strong>da</strong> escola, como nos foi descrito pela<br />
coordenadora <strong>da</strong> escola; e confirmado pelas professoras, que, de acordo com o que nos foi<br />
relatado, estão presentes na maioria <strong>da</strong>s reuniões de AC.<br />
A comuni<strong>da</strong>de também participa de alguns encontros promovidos pela escola. Esses<br />
encontros são divididos em algumas oficinas; a coordenadora nos relatou que o último<br />
encontro teve como tema DST (Doença sexualmente transmissível), uma vez que a educação<br />
sexual para a comuni<strong>da</strong>de que a escola abrange é fun<strong>da</strong>mental. Esses encontros facilitam<br />
atrair os pais dos alunos para o convívio escolar, já as reuniões com os pais para tratar <strong>da</strong> vi<strong>da</strong><br />
escolar dos alunos acontecem bimestralmente.<br />
A reunião feita pelos professores e direção <strong>da</strong> escola tem o objetivo de avaliar os<br />
alunos, do primeiro ao terceiro ano de escolarização; visto que a escola não trabalha mais com<br />
provas e testes com essas séries, esses procedimentos só são usados para o quarto e quinto ano<br />
de escolarização, do atual ensino fun<strong>da</strong>mental; as outras turmas são avalia<strong>da</strong>s através de um<br />
diário de observação, em que a professora faz anotações diárias, sobre o processo de<br />
aprendizagem do aluno, constituindo-se em processo contínuo.<br />
Nessas reuniões acontece a leitura dos relatórios e discussão sobre o aprendizado dos<br />
alunos, para assim poder haver uma avaliação coletiva sobre o desempenho dos estu<strong>da</strong>ntes.<br />
Quanto ao público, devido a sua localização, a escola atende alunos de bairros<br />
circunvizinhos, como Engomadeira, Narandiba, Sussuarana, Barreiras, Tancredo Neves e<br />
Parque Jocélia, de onde se origina a maioria dos alunos, oriun<strong>da</strong> de famílias financeiramente<br />
pobres e emocionalmente desestrutura<strong>da</strong>s, onde a falta <strong>da</strong> figura paterna é maioria, conforme<br />
atesta a professora Glícia Gomes, regente <strong>da</strong> turma do 4º ano B:<br />
Assim como é comum aos bairros periféricos, muitos dos alunos<br />
presenciam diariamente cenas chocantes de violência que são conta<strong>da</strong>s por<br />
eles nas aulas. Às vezes a referencia familiar é a pior possível, pais<br />
alcoólatras, drogados, presidiários e etc. Segundo informações de pais <strong>da</strong><br />
comuni<strong>da</strong>de, um dos alunos é usuário de drogas e isso tornou justificável o<br />
comportamento agressivo e intolerante desse aluno nos seus tratos com os<br />
colegas. É comum durante as ativi<strong>da</strong>des de desenho livre ele registrar<br />
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