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Claudia da Silva Moraes Fagundes - Uneb

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imagens de revólveres e pessoas estira<strong>da</strong>s ao chão. Um retrato <strong>da</strong> sua<br />

própria reali<strong>da</strong>de.<br />

( GOMES, 2008 )<br />

Devido a essa reali<strong>da</strong>de, a professora Glícia Gomes freqüentemente abor<strong>da</strong> em suas<br />

discussões em sala de aula o tema sobre a “violência na comuni<strong>da</strong>de”. Ela relatou que durante<br />

o período eleitoral, por exemplo, um dos pedidos mais comuns feitos pelos alunos aos<br />

candi<strong>da</strong>tos a prefeito em suas produções de texto, era combater a violência tão alarmante no<br />

bairro; outro assunto muito discutido pela professora são os efeitos <strong>da</strong>s drogas no corpo<br />

humano e suas conseqüências sociais posteriores. Ela acredita que tais momentos de reflexão<br />

e troca de experiências servem, se não para afastar, pelo menos para verem de forma crítica a<br />

dura reali<strong>da</strong>de que os circun<strong>da</strong>m.<br />

Durante a intervenção pe<strong>da</strong>gógica em que foi trabalhado com a turma o livro Quem<br />

tem medo de ridículo? , uma <strong>da</strong>s ativi<strong>da</strong>des propostas foi que os alunos fizessem um desenho<br />

ou escrevessem os seus medos e a maioria dos desenhos foi de revólveres e de pessoas mortas<br />

caí<strong>da</strong>s no chão, houve uma aluna que desenhou o seu túmulo, deixando bem claro que o maior<br />

medo deles era o de morrer ou os seus familiares, fruto <strong>da</strong> violência vivencia<strong>da</strong> por eles em<br />

sua comuni<strong>da</strong>de.<br />

Outra ativi<strong>da</strong>de solicita<strong>da</strong> aos alunos foi que eles respondessem o que seria ridículo<br />

para eles e houve algumas respostas bem interessantes como; “ridículo é discriminar o<br />

outro”,” é alguém chamar o outro de ridículo “. A partir destas afirmações pudemos son<strong>da</strong>r as<br />

suas hipóteses sobre o preconceito e a discriminação. Percebi que a idéia destes conceitos para<br />

a maioria dos alunos está muito ligado à cor <strong>da</strong> pele, a situações sócio-econômica e também à<br />

estética, fato também comprovado em seus relatos em sala de aula.<br />

Aproveitei para mostrar a eles imagens sobre as diferentes culturas, apresentando-lhes<br />

que o que parece ser ridículo para uns pode não ser para o outro, como por exemplo, o fato de<br />

o escocês usar saia e as mulheres árabes usarem a burca. Essa discussão foi interessante<br />

porque muito dos alunos mostraram conhecimento sobre as diferentes culturas de diversos<br />

países como a Índia, China, de países africanos e europeus. Falaram sobre a culinária <strong>da</strong><br />

China, que comiam insetos, baratas e que as mulheres árabes usavam a burca porque só os<br />

maridos é que podem ver seus rostos e tocar nelas.<br />

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