A Model-Driven Software Reuse Approach (in portuguese)
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8.5 Análise das hipóteses e conclusões<br />
Os dados e resultados obtidos com os estudos possuem <strong>in</strong>dícios sobre a rejeição de algumas<br />
das hipóteses nulas. Esta rejeição é feita com base em análise descritiva apenas, não sendo<br />
embasada por dados estatísticos rigorosos.<br />
Com relação à hipótese H0a, conclui-se que ela é rejeitada, pois nos três estudos foram<br />
verificados aumento e/ou melhoria na reutilização de software nos projetos utilizando a<br />
abordagem.<br />
Com relação à hipótese H0b, não foi possível alcançar a rejeição, uma vez que os resultados<br />
<strong>in</strong>dicaram que a reusabilidade dos artefatos pode ser maior ou menor utilizando-se a abordagem.<br />
Com relação às hipóteses H0c e H0d, os dados obtidos possuem <strong>in</strong>dícios que apóiam a<br />
rejeição, uma vez que os participantes dos estudos perceberam benefícios com a abordagem, e<br />
não tiveram dificuldades significativas no aprendizado.<br />
Mesmo para as hipóteses nulas com <strong>in</strong>dícios de rejeição, não se pode afirmar que as<br />
hipóteses alternativas apresentadas na Seção 8.1.2 são verdadeiras. Ou seja, a abordagem<br />
aparentemente favorece a reutilização, mas pode ser que existam projetos onde ela não<br />
acrescente benefícios ou mesmo cause dificuldades significativas de aprendizado e utilização.<br />
O que parece ser uma conclusão mais razoável é que a abordagem pode aumentar<br />
a quantidade, em termos de LOC. Mas ela não aumenta, de forma absoluta, os valores<br />
das métricas de complexidade e dificuldade de manutenção, conforme percebido no estudo<br />
do domínio Web. Tampouco ela as reduz, conforme percebido no estudo do domínio<br />
de computação em nuvem. Aparentemente, há uma tendência a produzir artefatos com<br />
<strong>in</strong>stabilidade, complexidade e dificuldade de manutenção acima da média, mas segu<strong>in</strong>do uma<br />
constante, e dependendo das características do domínio, isto pode ser vantajoso ou não. Este<br />
efeito é ilustrado na Figura 42.<br />
Assim, uma possível hipótese alternativa mais realista deve considerar as diferentes<br />
condições e cenários dos domínios, conforme ilustra a Figura 43. Em domínios técnicos mais<br />
simples, a abordagem proporciona maior quantidade de reutilização mas menor reusabilidade<br />
dos artefatos, sendo mais <strong>in</strong>dicada para quando há a necessidade de geração de grande volume<br />
de código. Em domínios técnicos mais complexos, a abordagem simplifica o desenvolvimento<br />
quando a codificação é extremamente complexa. Em domínios de negócio, ela pode facilitar o<br />
processo de configuração e reduzir os problemas causados com a proliferação de versões.<br />
Esta hipótese alternativa resume muitas das experiências vivenciadas nesses três estudos,<br />
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