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egras <strong>de</strong> vida impostas aos Protestantes para o bem da sua saú<strong>de</strong><br />
espiritual... Uma”. dieta”. racional mantinha os homens calmos e felizes;<br />
comer e beber irrefletidamente inflamava as paixões e levava à violência e<br />
à libertinagem”. (Wilson, 1989: 155)<br />
Convém citar a pesquisa realizada na Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Flin<strong>de</strong>rs, na Austrália<br />
envolveu 332 estudantes universitários e teve como tema: diferenças sexuais com respeito<br />
à satisfação com o próprio peso, restrição alimentar e auto-estima 7 . Embora nessa amostra<br />
as mulheres apresentassem proporcionalmente menor peso em relação à sua altura que os<br />
homens, a impressão subjetiva <strong>de</strong>las não correspondia à realida<strong>de</strong>: sentiam-se acima do<br />
peso e gostariam <strong>de</strong> ser mais magras. Quanto mais acima do peso i<strong>de</strong>al se sentiam, mais<br />
baixa a auto-estima.<br />
Para os homens, peso real e peso subjetivo estavam positivamente correlacionados<br />
com auto-estima. Isso quer dizer que, maiores fossem e assim se sentissem, mais elevada<br />
a auto-estima, enquanto os abaixo do peso apresentavam reduzida auto-estima. Tais<br />
resultados são congruentes com os perfis i<strong>de</strong>ais traçados para a mulher (tipo mignon) e<br />
para o homem (tipo corpulento).<br />
A busca por esse “corpinho mingnon” produziu um distúrbio, característico da vida<br />
pós-mo<strong>de</strong>rna: a bulimia. Essa patologia leva a pessoa a ingerir, em uma refeição,<br />
quantida<strong>de</strong>s superiores <strong>de</strong> alimentos para, logo <strong>de</strong>pois, sentindo-se culpada, vomitar ou<br />
fazer uso <strong>de</strong> diuréticos ou laxantes, o que resulta em <strong>de</strong>sequilíbrios fisiológicos e po<strong>de</strong><br />
conduzir, em alguns casos, até ao óbito. Para que se tenha noção da gravida<strong>de</strong> <strong>de</strong>sse<br />
problema, estima-se que 30% das estudantes universitárias brasileiras sofrem <strong>de</strong>sse<br />
distúrbio em algum grau.<br />
7 QUEIROZ , R. Estudo <strong>de</strong> Estética e beleza - ORG – Ed. SENAC – SP 2000<br />
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