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Padrões de Corpo e Moda. - Senac

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Nos anos 1980 <strong>de</strong>stacava-se o corpo malhado, com músculos e saú<strong>de</strong>; e, nos 1990,<br />

ressaltavam-se as top mo<strong>de</strong>ls, o corpo quase raquítico e extrema magreza. Agora, na<br />

primeira década do século XXI, a magreza continua a ser o padrão, com um pouco mais <strong>de</strong><br />

curvas. É o mo<strong>de</strong>lo Barbie.<br />

O que não se po<strong>de</strong> esquecer é que biótipo nacional é <strong>de</strong> mulheres com curvas<br />

avantajadas. A mulher brasileira sempre foi conhecida no mundo todo pelo "padrão violão",<br />

que é negado a todo custo, negação esta que traz insatisfação constante.<br />

A maioria das mulheres não veste o manequim 38, quem dirá 36 – imposto pela<br />

mídia –e sofre para chegar a ele. Alem disso, os tamanhos parecem ter encolhido, levando<br />

as mais vaidosas ao <strong>de</strong>sespero. Em caminho oposto, algumas confecções colocam<br />

etiqueta 42 numa roupa 44, como estratégia <strong>de</strong> marketing que massageia o ego feminino.<br />

Na revista “IstoÉ” (junho <strong>de</strong> 1998) há matéria sobre pesquisa realizada por uma<br />

re<strong>de</strong> <strong>de</strong> cosméticos inglesa (The Body Shop), que trata a relação do peso das mo<strong>de</strong>los 25<br />

anos antes (vale lembrar que a matéria data <strong>de</strong> 1998): as mo<strong>de</strong>los pesavam 8% menos que<br />

a média das mulheres; ao final dos 1990, assustadoramente, 25% menos.<br />

Na edição <strong>de</strong> outubro <strong>de</strong> 2004, outra pesquisa encomendada pela Dove, marca <strong>de</strong><br />

cosméticos da Unilever, realizada com 3,2 mil mulheres <strong>de</strong> 10 países, entre 18 e 64 anos,<br />

tratava da satisfação com o corpo. Os dados preocupam: 37% das brasileiras estavam<br />

insatisfeitas com o físico, per<strong>de</strong>ndo apenas para as japonesas, que apresentam um total <strong>de</strong><br />

54% <strong>de</strong> insatisfação.<br />

Apesar <strong>de</strong> reafirmar que as brasileiras são consi<strong>de</strong>radas um dos grupos <strong>de</strong> mulheres<br />

mais lindas do mundo, a matéria chama a atenção para um <strong>de</strong>clínio monumental da auto-<br />

estima feminina, combalida diante <strong>de</strong> padrões <strong>de</strong> beleza consi<strong>de</strong>rados inatingíveis.<br />

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