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partes <strong>de</strong> si mesmo e a outras versões vestidas e assemelhar outros objetos a essas<br />
partes.<br />
Po<strong>de</strong>-se <strong>de</strong>sejar usar camisas <strong>de</strong> gola aberta, ou mesmo sem gola, e abandonar a<br />
gravata, usar o cabelo comprido e <strong>de</strong>ixá-lo fluir ou <strong>de</strong>smazelar-se, <strong>de</strong> <strong>de</strong>ixar a barba mal-<br />
escanhoada no queixo, <strong>de</strong> vestir novas versões mais soltas <strong>de</strong> peças <strong>de</strong> vestuário<br />
antigamente bem mais justas, <strong>de</strong> adotar versões <strong>de</strong>stoantes do que se costumava<br />
combinar. A justificativa, consciente, <strong>de</strong>sses atos é sempre fácil; eles estão associados com<br />
a liberda<strong>de</strong> individual, honestida<strong>de</strong> e conforto físico.<br />
Realizados usualmente no espírito permanente <strong>de</strong> subversão estética - são<br />
movimentos ativos em direção à mudança pelo amor ao novo – e não afastamentos<br />
raivosos das férreas exigências do figurino.<br />
Essa moda – i<strong>de</strong>ntificada com liberda<strong>de</strong> e conforto – tão severa em relação à<br />
<strong>de</strong>senvoltura quanto o é em relação à <strong>de</strong>sor<strong>de</strong>m, e lenços frouxamente amarrados e o grau<br />
exato <strong>de</strong> barba malfeita é muitas vezes muito mais difícil <strong>de</strong> administrar do que as gravatas<br />
formais e um rosto bem-barbeado.<br />
Ela foi gradualmente percebida <strong>de</strong> outra forma, e logo pareceu ser, em sua maior<br />
parte, um domínio fútil das mulheres, que a criavam e a consumiam. Como a moda<br />
feminina consistia, mais e mais, em efeitos efêmeros, havia algo na idéia, embora ninguém<br />
<strong>de</strong>sprezasse os excelentes resultados, obtidos por elas, na confecção <strong>de</strong> bordados e laços;<br />
não importasse para que sexo fosse confeccionado. Hollan<strong>de</strong>r reitera que – para a figura<br />
vestida - simplificações análogas eram imperativas para ambos os sexos.<br />
“Certamente as roupas haviam começado a parecer diferentes ao<br />
acompanhar a modificação inicial sobre o que se acreditava a respeito <strong>de</strong><br />
ambos o sexo, mas foi sob a influência <strong>de</strong> uma nova mudança radical no<br />
estilo visual que o olhar coletivo voltado para a forma foi abruptamente<br />
reeducado”. (Hollan<strong>de</strong>r;1996:110)<br />
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