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Qualidade de Vida, Mobilidade e Segurança nas Cidades_ Vol. 1

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O planejamento urbano como instrumento <strong>de</strong> proteção da qualida<strong>de</strong> ambiental e <strong>de</strong> vida<br />

A i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> or<strong>de</strong>namento territorial tem sido admitida por diversos setores da gestão pública,<br />

por pesquisadores e aceita pela socieda<strong>de</strong> como uma estratégia capaz <strong>de</strong> solucionar os problemas<br />

ecológicos e ambientais que ameaçam a eficiência funcional do território.<br />

Sánchez (2009, p. VII), afirma:<br />

La crisis ecológico-ambiental se enquadra em um hecho central: com suma<br />

frecuencia el processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>sarrolho há soslayado el más indispensable <strong>de</strong> los<br />

conocmientos: conocer y manejar a<strong>de</strong>quadamente la complejidad <strong>de</strong> los sistemas<br />

ecológicos, pues es em ellos don<strong>de</strong> se estruturan y dilucidan las relaciones<br />

funcionales entre la natureza y el <strong>de</strong>sarrollo humano.<br />

Apesar do reconhecimento <strong>de</strong> que é necessário consi<strong>de</strong>rar o território como uma unida<strong>de</strong><br />

fundamental para se pensar o planejamento e a gestão, Sánchez (2009) chama atenção para o fato <strong>de</strong><br />

que existem ainda poucos mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong>ssa gestão.<br />

Essa observação parece representar bem a carência <strong>de</strong> estudos aprofundados e <strong>de</strong> planos <strong>de</strong><br />

gestão territorial na zona su<strong>de</strong>ste <strong>de</strong> Fortaleza. Por isso, a principal motivação para as reflexões aqui<br />

colocadas é a concepção <strong>de</strong> que as estratégias <strong>de</strong> planejamento e gestão territorial <strong>de</strong>vem envolver o<br />

conhecimento profundo das características ecológicas, sociais, culturais, políticas e econômicas e,<br />

principalmente, das dinâmicas, dos interesses e dos conflitos presentes nessa unida<strong>de</strong> do espaço.<br />

Sánchez (2009) é categórico ao afirmar que a gestão e o planejamento territorial <strong>de</strong>vem<br />

incluir o homem como elemento indissociável do sistema ambiental. Da mesma forma, Santos<br />

(2008), <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> que na contemporaneida<strong>de</strong>, natureza e socieda<strong>de</strong> requerem uma explicação<br />

conjunta. O referido autor esclarece que o espaço geográfico é um híbrido, pois não se separa sua<br />

forma da ação que o produziu, e, da mesma forma que Sánchez, Santos afirma que não é possível<br />

mais tratar a natureza e a socieda<strong>de</strong> como objetos e relações que existem isoladamente.<br />

Leff (2006) <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> que, no território, se expressam os <strong>de</strong>sejos, as <strong>de</strong>mandas e reclamos da<br />

população que tem como motivação a reconstrução <strong>de</strong> seus mundos <strong>de</strong> vida e a reconfiguração <strong>de</strong><br />

suas i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong>s. O resultado <strong>de</strong>ssa reconstrução, reconfiguração socioterritorial, se materializa <strong>nas</strong><br />

diversida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> formas culturais <strong>de</strong> valorização dos recursos ambientais e <strong>de</strong> novas estratégias <strong>de</strong><br />

reapropriação da natureza. Ainda segundo o referido autor, ―no espaço local são forjadas novas<br />

territorialida<strong>de</strong>s e emergem as sinergias positivas da racionalida<strong>de</strong> ambiental para construir um<br />

novo paradigma <strong>de</strong> produtivida<strong>de</strong> ecotecnocultural‖ (LEFF, op cit, p. 157-158).<br />

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