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Qualidade de Vida, Mobilidade e Segurança nas Cidades_ Vol. 1

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característica forte. Ao mesmo tempo, exige do indivíduo uma capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> autoregulação e<br />

autonomia.<br />

Uma das características do refletir é conseguir perceber a verda<strong>de</strong> no ponto <strong>de</strong> vista daquele<br />

que apresenta uma i<strong>de</strong>ia contrária à que você <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>. A autocrítica surge da disposição <strong>de</strong> abertura<br />

para ouvir o outro e a si mesmo. Para que isso seja possível, é necessário que o sujeito seja capaz <strong>de</strong><br />

pensar dialogicamente, que represente uma luta contra os preconceitos, a egocentricida<strong>de</strong> e o<br />

autoengano.<br />

Somos verda<strong>de</strong>iramente cidadãos, dissemos, quando nos sentimos solidários e<br />

responsáveis. Solidarieda<strong>de</strong> e responsabilida<strong>de</strong> não po<strong>de</strong>m advir <strong>de</strong> exortações<br />

piegas nem <strong>de</strong> discursos cívicos, mas <strong>de</strong> um profundo sentimento <strong>de</strong> filiação<br />

(affiliare, <strong>de</strong> filius, filhos), sentimento matripatriótico que <strong>de</strong>veria ser cultivado <strong>de</strong><br />

modo concêntrico sobre o país, o continente, o planeta. (Morin, 2005 a: 74)<br />

A revisão das práticas e dos princípios a partir do entrelaçamento dos valores propostos<br />

conduz ao que <strong>de</strong>nominamos <strong>de</strong> responsabilida<strong>de</strong> social. A responsabilida<strong>de</strong> social inicia com a<br />

mudança da pessoa em relação às suas atitu<strong>de</strong>s, que se dá a partir da interativida<strong>de</strong> com o outro.<br />

Mudanças representam condições <strong>de</strong> renúncias, que levam à estranheza, ao <strong>de</strong>sequilíbrio e à<br />

<strong>de</strong>sor<strong>de</strong>m. As mudanças necessitam ser instigadas, mas sem a garantia <strong>de</strong> que todos mu<strong>de</strong>m na<br />

mesma direção, pois a direção a ser assumida, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> das lentes que utilizamos <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que<br />

<strong>nas</strong>cemos compondo-nos até a nossa morte, no trânsito <strong>de</strong> experiências vividas com maior ou<br />

menor intensida<strong>de</strong> com os <strong>de</strong>mais humanos e não humanos.<br />

CONCLUINDO<br />

A velocida<strong>de</strong> da socieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> consumo é cada vez maior. Um verda<strong>de</strong>iro bombar<strong>de</strong>io <strong>de</strong><br />

informações, <strong>de</strong> novida<strong>de</strong>s, <strong>de</strong> produtos que precisamos da noite para o dia, o que antes não havia<br />

necessida<strong>de</strong> e que em poucas horas há uma massificação do uso e da suposta importância do<br />

produto.<br />

Ocorre que o processo <strong>de</strong> informação <strong>de</strong>positada nos indivíduos é mais veloz que o<br />

processo <strong>de</strong> assimilação dos mesmos sujeitos. O que nos resta perguntar é: será que precisamos<br />

trocar <strong>de</strong> produto? Será que precisamos <strong>de</strong> tal mercadoria? Isto ou aquilo fará diferença na nossa<br />

vida ou no nosso <strong>de</strong>senvolvimento como homo complex?<br />

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