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3º volume - União Neo-Teosófica

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Jakob Lorber<br />

260<br />

ninguém poderá abalar! Se tal fato se deu comigo, me podeis dar crédito<br />

sem vacilar, pois não sois capazes de apresentar maiores dúvidas nesse<br />

caso como o fiz!”<br />

5. Dizem os outros: “Está tudo bem; trata-se, no entanto, de saber o<br />

que devemos crer!”<br />

6. Responde Stahar: “Acaso sois surdos? Não vos disse ser tal jovem<br />

em verdade um anjo de Deus, que o Messias já chegou e que em breve O<br />

poderemos ver e ouvir?! Apenas isto vos compete aceitar.”<br />

7. Dizem os colegas: “Muito bem, neste caso não podemos ter dúvidas;<br />

convém, entretanto, considerar serem os melhores nadadores os primeiros<br />

a se afogar, os mais destemidos alpinistas a se precipitar no abismo<br />

– e os tais firmes na fé, finalmente, mais rápidos caem em cepticismo!<br />

8. Sabemos que nunca foste de crença fácil, – mas, um pouco de<br />

precaução não prejudica. A própria Escritura nos conta fatos em que<br />

alguns profetas miraculosos se tornaram criaturas fracas no fim da vida.<br />

A conseqüência demonstrou a origem daqueles inspirados, o que no caso<br />

presente deve ser considerado.”<br />

9. Replica Stahar: “Assumo plena responsabilidade. Sei, perfeitamente,<br />

não ser possível enfrentarmos o Templo com tal convicção e convém<br />

protegermo-nos nesse sentido. Externamente continuaremos os mesmos<br />

e pagaremos o devido tributo. Em nosso íntimo, todavia, deve-se dar<br />

grande modificação, pois, com o tempo, o povo também será melhor<br />

orientado. Se concordais, poder-nos-emos dirigir para junto do Prefeito<br />

e do anjo, onde receberemos maiores esclarecimentos.”<br />

10. Como todos consintam, o grupo se dirige a Cirenius, e Stahar<br />

lhe diz: “Aqui estamos a teu dispor; faremos o que for de tua vontade.<br />

Queira o mensageiro poderoso de Deus reforçar estes meus irmãos em<br />

sua fé e em tudo aquilo que eu próprio tive dificuldade de crer.”<br />

11. Diz Cirenius: “Vês, não serem os romanos tão implacáveis juízes<br />

como julgavas; apenas queremos um direito integral e a verdade plena.<br />

Quem satisfizer tal exigência, tornar-se-á nosso amigo, recebendo a cidadania<br />

romana – e não pode haver outra justiça para ele que não essa. O<br />

primeiro benefício que vos concedo é um certificado de cidadão romano.

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