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3º volume - União Neo-Teosófica

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Jakob Lorber<br />

300<br />

vez, revista a memória sem achar algo de apreciável. Por fim, alguma coisa<br />

lhe ocorre e ele começa: “Bem, dize-me o que vem a ser o Sol, pois irradia<br />

luz e calor tão intensos sobre a Terra, e também o que vem a ser seus elementos.<br />

Recompensarei regiamente teus possíveis esclarecimentos.”<br />

2. Diz ela, meio irônica: “Nobre senhor, deste modo se procura tirar<br />

dum lago os peixes deteriorados que o infestam! Compreendes, senhor<br />

capitão Cornélius?! Se possuíres tesouros supérfluos terás oportunidade<br />

de socorrer os pobres desta cidade. Eu, porém, não necessito de recompensa<br />

da Terra, pois tenho o amor divino, que representa o único e mais<br />

elevado prêmio!<br />

3. Responderei à tua pergunta, porquanto não devo resposta a quem<br />

quer que seja. Um pagamento material seria um dos maiores pecados,<br />

primeiro por tirá-lo dos pobres, segundo por impedir que fizesses algo<br />

verdadeiramente bom, em virtude de ser eu mesma possuidora de tesouros<br />

imensos, que não serias capaz de pagar com todo Império. Eu, no<br />

entanto, necessito deles tão pouco como de tua oferta.<br />

4. Não julgues que esteja externando tendência orgulhosa, mas<br />

sim, a verdade pura e inofensiva; se alimentasse uma partícula de orgulho<br />

não estaria ao lado do Senhor e Mestre! A tentativa não te saiu bem,<br />

caro Cornélius!<br />

5. Criaturas iguais a mim, possuidoras duma graça – embora imerecida<br />

– devem ser julgadas e tratadas por pessoas mundanas de modo<br />

diferente. Pensavas que eu, garota de catorze anos, fosse tão vaidosa como<br />

as outras, devendo sentir satisfação enorme em me trajar com vestes de<br />

princesa; tal vaidade dista tanto de mim como a menor estrela, da Terra!<br />

Assim, desiste de tua oferenda, do contrário não te responderei.”<br />

6. Diz Cornélius: “Pois bem, faze como o desejas; aguardo<br />

teu ensinamento.”<br />

7. A menina concentra-se e diz: “Desejas desvendar os segredos do<br />

Sol, a causa de sua luz e calor intensos, bem como de seus elementos.<br />

Bem, poder-te-ía responder de modo completo; de que te adiantaria?<br />

Poderias crer como o cego, a quem se afirma uma flor ser vermelha. Teria<br />

ele meios de certificar-se disto? Nesta vida, dificilmente, e no Além, a

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