Disciplina: Fundamentos da Geometria Euclidiana - UFPB Virtual
Disciplina: Fundamentos da Geometria Euclidiana - UFPB Virtual
Disciplina: Fundamentos da Geometria Euclidiana - UFPB Virtual
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
180 ° > α + β , já que α '+ α = 180°<br />
.<br />
Portanto α + β < 180°<br />
. Isto conclui a demonstração.<br />
Corolário 1:<br />
Em qualquer triângulo, existem pelo menos dois ângulos internos agudos.<br />
Demonstração<br />
Suponha, por absurdo, que em um triângulo ABC, quaisquer dois ângulos internos, por exemplo  e B ˆ ,<br />
não sejam agudos, isto é, ca<strong>da</strong> um deles mede mais do que 90°, <strong>da</strong>i, a soma <strong>da</strong>s medi<strong>da</strong>s dos dois ângulos<br />
internos  e B ˆ é maior do que 180°. Isto é absurdo pois contradiz o teorema anterior.<br />
Portanto não podemos ter em um triângulo ABC, dois ângulos internos, ca<strong>da</strong> um deles medindo mais do<br />
que 90°. Concluímos então que em qualquer triângulo ABC, existem pelo menos dois ângulos internos, cuja<br />
medi<strong>da</strong> de ca<strong>da</strong> um deles é menos de 90°. Isto conclui a demonstração.<br />
Corolário 2<br />
Se duas retas r e s são perpendiculares a uma terceira reta t, então r e s não tem ponto em comum.<br />
Demonstração<br />
Sejam <strong>da</strong><strong>da</strong>s uma reta t e outras duas retas distintas r e s,<br />
perpendiculares a t, nos pontos A e B, respectivamente, conforme<br />
ilustra figura ao lado.<br />
Gostaríamos de mostrar que r e s não têm ponto em comum, ou seja, r e s são paralelas. Para isso,<br />
suponha por absurdo, que r e s se interceptassem em um ponto P. Neste caso, teríamos um triângulo ABP<br />
com dois ângulos retos. Já sabemos, pelo corolário 1, que isso é impossível! Portanto o ponto P, como<br />
descrito acima, não existe. Concluímos então que as retas r e s são paralelas, o que equivale dizer que não<br />
têm ponto em comum. Isto conclui a demonstração.<br />
Teorema 3:<br />
Por um ponto P, fora de uma reta r, passa uma única reta s, perpendicular à reta r.<br />
Demonstração<br />
Primeiro mostraremos que existe a reta s, como descrita no teorema, em segui<strong>da</strong> mostraremos a<br />
unici<strong>da</strong>de.<br />
Existência<br />
Considere a reta r e o ponto P, fora dela, como ilustrado na figura ao<br />
lado.<br />
Em segui<strong>da</strong>, escolha dois pontos distintos A e B, em r. Trace agora o segmento PA, caso a reta que<br />
contém PA seja perpendicular a r, fica prova<strong>da</strong> a existência. Caso isso não ocorra, considere, no semiplano<br />
que não contém P, uma semi-reta com origem A, formando com a semi-reta SAB, um ângulo congruente a<br />
PAB ˆ . Na semi-reta com origem A, escolha um ponto P’ tal que AP’ = AP (ver figura).<br />
Afirmação: O segmento PP’ é perpendicular a r. De fato, pois o triângulo PAP’ é isósceles, já que AP’ = AP<br />
(por construção). Como PÂB = P’ÂB também por construção, segue-se que a reta r contém a bissetriz do<br />
ângulo PÂP’, no triângulo isósceles PAP’, cuja base é PP’. Como já provamos, no teorema 4 <strong>da</strong> uni<strong>da</strong>de 3,<br />
que essa bissetriz é perpendicular à base, concluímos que a reta s, que passa por P e P’, é perpendicular a r.<br />
Isto conclui a demonstração <strong>da</strong> existência.<br />
Unici<strong>da</strong>de<br />
Suponha que existissem duas retas s e s’, ambas passando por P e<br />
perpendiculares a r, conforme ilustra figura ao lado.<br />
151