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Disciplina: Fundamentos da Geometria Euclidiana - UFPB Virtual

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paralelo a BC. Além disso, como NM = MP e NP = AB , decorre que NM + MP = AB , de onde obtemos<br />

1<br />

NM + NM = AB e finalmente NM = AB . Isto conclui a demonstração.<br />

2<br />

A recíproca deste teorema é ver<strong>da</strong>deira e deixamos sua demonstração como mais um desafio para os<br />

leitores.<br />

Refletindo...<br />

Ain<strong>da</strong> com relação ao teorema anterior, o que acontece quando, ao invés de subdividirmos em duas<br />

partes congruentes, subdividimos em três partes congruentes, os lados AC e BC do triângulo ABC? E em<br />

quatro, cinco, ... ? No sentido de obter respostas para essas questões, apresentamos a seguir mais um<br />

teorema.<br />

Teorema 14:<br />

Sejam r, s e u três retas paralelas, corta<strong>da</strong>s por duas transversais t1 e t2, em pontos R, S, U e R’, S’, U’,<br />

respectivamente. Se S está entre R e U, na reta t1, então S’ está entre R’ e U’, na reta t2. Além disso, se RS =<br />

SU, então R’S’ = S’U’.<br />

Demonstração<br />

Este teorema que acabamos de demonstrar afirma que, ao subdividirmos em duas<br />

partes congruentes quaisquer dois lados de um triângulo ABC, obtemos um outro triângulo<br />

MNC (ver figura acima), cuja razão entre as medi<strong>da</strong>s dos lados, pode ser <strong>da</strong><strong>da</strong> por<br />

MN NC CM 1 AB BC CA<br />

= = = ou = = = 2 . A razão entre as medi<strong>da</strong>s desses<br />

AB BC CA 2 MN NC CM<br />

lados, nessa ordem, tanto no primeiro quanto segundo caso, ilustram uma situação entre dois<br />

triângulos, a qual será objeto de estudo, na próxima uni<strong>da</strong>de. Trata-se do conceito de<br />

“triângulos semelhantes”.<br />

Considere as retas paralelas r, s e u, corta<strong>da</strong>s pelas transversais<br />

t1 e t2, nos pontos R, S, U e R’, S’, U’, respectivamente. Vamos mostrar<br />

inicialmente que, se S está entre R e U, na reta t1, então S’ está entre R’<br />

e U’, na reta t2. Para isso, observe que os pontos R e U estão em<br />

semiplanos distintos, relativamente à reta s, pois, por hipótese, S é um<br />

ponto <strong>da</strong> reta s que está entre R e U. Note também que R e R’ estão em<br />

um dos dois semiplanos determinados por s, uma vez que r e s são<br />

paralelas, além do que R e R’ estão na reta r. analogamente, obtemos<br />

que U e U’ estão em um dos dois semiplanos determinados por s. Dai, segue-se que R’ e U’ estão em<br />

semiplanos distintos, relativamente à reta s. Portanto a reta s intercepta o segmento R’U’ em um único ponto.<br />

Como, por hipótese, S’ é o ponto de intersecção <strong>da</strong>s retas s e t2, além do que R’ e U’ estão em t2, segue-se<br />

que o ponto de intersecção de R’U’ com a reta s é exatamente o ponto S’. Logo S’ está em R’U’. Concluímos<br />

<strong>da</strong>i a primeira parta <strong>da</strong> demonstração, ou seja, S’ está entre R’ e U’, conforme ilustra a figura acima.<br />

Vamos mostrar agora que, se RS = SU, então R’S’ = S’U’. Para isso, tracemos por S’ uma reta t,<br />

paralela a t1, a qual corta as retas r e s, respectivamente, nos pontos G e H, conforme ilustrado na figura<br />

acima. Comparemos agora os triângulos S’GR’ e S’HU’. Pelo fato de RSS’G e USS’H serem paralelogramos,<br />

decorre que RS = GS’ e SU = S’H. Como, por hipótese, RS = SU, segue-se que GS’ = S’H. Em virtude do<br />

paralelismo <strong>da</strong>s retas r e u, obtemos que R 'Gˆ S'<br />

= U'<br />

Hˆ<br />

S'<br />

(ângulos alternos internos). Já R S G U S'H<br />

ˆ ' ˆ'<br />

= ' ,<br />

por serem ângulos opostos pelo vértice. Dai, segue-se do caso ALA, sobre congruência de triângulos, que<br />

S 'GR' = S'HU'<br />

. Como consequência disso, obtemos em particular que R’S’ = S’U’. Isto conclui a<br />

demonstração.<br />

O teorema a seguir é uma consequência natural do anterior. A sua demonstração é análoga e será<br />

deixa<strong>da</strong> como desafio para os leitores.<br />

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