Disciplina: Fundamentos da Geometria Euclidiana - UFPB Virtual
Disciplina: Fundamentos da Geometria Euclidiana - UFPB Virtual
Disciplina: Fundamentos da Geometria Euclidiana - UFPB Virtual
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
Demonstração<br />
Sejam AB e CD cor<strong>da</strong>s de uma mesma circunferência, os quais se interceptam,<br />
em um ponto P, conforme ilustra a figura ao lado. Gostaríamos de mostrar que<br />
PA . PB = PC . PD .<br />
Para isso tracemos as cor<strong>da</strong>s AC e BD e comparemos os triângulos PBD e PCA. Temos APˆ<br />
C = BPˆ<br />
D<br />
(opostos pelo vértice) e DBˆ<br />
P = ACˆ<br />
P (ângulos inscritos em uma circunferência subtendendo o mesmo arco).<br />
Daí, segue-se, pelo 1°caso de semelhança de triângulos, que PCA ~ PBD. Como consequência disso,<br />
PA PC<br />
= , ou seja, PA . PB = PC . PD . Isto conclui a demonstração.<br />
PD PB<br />
Definição 6<br />
Dados um ponto V no exterior de um círculo e duas semi-retas SVA, SVB,<br />
tangentes à circunferência, nos pontos A e B, respectivamente, conforme ilustra<br />
a figura abaixo. O ângulo AVB ˆ é denominado ângulo circunscrito.<br />
Teorema 8:<br />
Observações<br />
Qualquer triângulo pode ser inscrito em uma circunferência, ou seja, seus três vértices são pontos de uma<br />
mesma circunferência.<br />
Demonstração<br />
I. Pelo teorema 2 dessa uni<strong>da</strong>de, os raios AO e OB são perpendiculares às tangentes. Como a soma<br />
dos ângulos internos de um quadrilátero plano é 360°, obtemos <strong>da</strong>i que α + β = 180°<br />
.<br />
Portanto podemos definir a medi<strong>da</strong> do ângulo circunscrito, como sendo igual a 180° menos a<br />
medi<strong>da</strong>, em graus, do menor dos dois arcos determinados por A e B.<br />
II. Qualquer que seja a posição do ponto V, desde que no exterior do círculo, sempre teremos VA =<br />
VB, pois AOV e BOV são triângulos retângulos tais que AO = OB (são raios <strong>da</strong> circunferência) e<br />
OV = OV (hipotenusa comum). Daí, pelo teorema de Pitágoras em AOV, obtemos que<br />
2<br />
2<br />
VA = OV − OA e no triângulo BOV, obtemos que VB = OV − OB . Como já<br />
sabemos que OA = OB , segue-se que VA = VB . Portanto VA = VB.<br />
Considere um triângulo qualquer ABC. Gostaríamos de mostrar que existe uma<br />
circunferência que passa por A, B e C. Ou, equivalentemente, mostrar que existe<br />
um ponto O, equidistante de A, B e C. Para isso, considere as mediatrizes dos lados<br />
AB e BC, ou seja, as retas m1 e m2 perpendiculares aos respectivos lados e passando<br />
pelos seus pontos médios M e N, conforme ilustra a figura ao lado.<br />
É claro que m1 e m2 têm um ponto O na intersecção m1 ∩ m2<br />
, pois os lados AB e BC têm o ponto B em<br />
comum. Tracemos agora os segmentos de reta OA, OB e OC (ver figura). Compare agora os triângulos OAM<br />
e OBM. Temos agora AM = MB (M é ponto médio de AB), AMˆ<br />
O = BMˆ<br />
O (são ângulos retos, pois m1 é<br />
184<br />
2<br />
2