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No volume cinco, descreve prescrições especiais e antídotos, métodos para preparar<br />
pílulas, pessários, supositórios, pós, xaropes, decocções, confeições, elixires etc.,<br />
prescrições para diversas doenças, pesos e medi<strong>da</strong>s.<br />
Uma <strong>da</strong>s principais contribuições de Avicena à medicina diz respeito à etiologia.<br />
Baseando-se em princípios aristotélicos, ele afirma que para conhecer inteiramente uma<br />
coisa era necessário levar em conta a matéria de que é feita, a “causa eficiente” que lhe dá<br />
forma e sua quali<strong>da</strong>de, e “causa final” ou função para a qual foi cria<strong>da</strong>.<br />
Como filósofo ele lança nova luz sobre a lógica de Aristóteles, modificando sensivelmente<br />
a problemática do silogismo aristotélico, ao incluir nela não apenas os silogismos baseados<br />
em juízos categóricos, mas também aqueles fun<strong>da</strong>mentados em juízos hipotéticos e<br />
convencionais.<br />
Para Avicena, é mediante a lógica que se pode compreender como o “desconhecido se<br />
toma inteligível graças ao conhecido”, além disso, “um saber que não tenha sido pesado<br />
na balança (<strong>da</strong> razão) não é incontestável e, portanto, não é um saber autêntico”.<br />
As reflexões de Avicena sobre a indução, a analogia, a intuição e muitos outros conceitos<br />
são de grande interesse, mas importa, sobretudo, assinalar o lugar de destaque que ele<br />
reserva à lógica, considera<strong>da</strong> por ele “a pedra de toque <strong>da</strong> ciência”. Para Avicena, é<br />
mediante a lógica que se pode compreender como “o desconhecido se torna inteligível<br />
graças ao conhecido”; além disso, “um saber que não tenha sido pesado na balança (<strong>da</strong><br />
razão) não é incontestável e, portanto, não é um saber autêntico”.<br />
Vamos ao encontro de dois textos desse autor árabe que viveu entre 980-1037:<br />
“... O fim <strong>da</strong> filosofia é informar acerca <strong>da</strong>s ver<strong>da</strong>des de to<strong>da</strong>s as coisas na<br />
medi<strong>da</strong> em que for possível ao homem. Pois bem, as coisas existentes ou<br />
existem sem depender de nossa vontade nem de nossa ativi<strong>da</strong>de ou então<br />
existem graças a nossa vontade e ativi<strong>da</strong>de. O conhecimento <strong>da</strong>s coisas<br />
que pertencem à primeira divisão chama-se filosofia teórica; o<br />
conhecimento <strong>da</strong>s coisas que pertencem à segun<strong>da</strong> divisão chama-se<br />
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claudiordutra@hotmail.com