Empreendedorismo
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José Roberto Barbosa de Oliveira e Carlos Eduardo Munhoz<br />
• Uma forma de pensar sobre o futuro<br />
do negócio: para onde ir, como ir mais<br />
rapidamente, o que fazer durante o caminho<br />
de forma a diminuir incertezas e<br />
riscos;<br />
• Descreve um negócio? Os motivos da<br />
existência da oportunidade de negócio,<br />
como o empreendedor pretende<br />
agarrá-la e como irá buscar e gerenciar<br />
os recursos para aproveitá-la;<br />
• É mais um processo do que um produto.<br />
É dinâmico, vivo e deve ser sempre<br />
atualizado;<br />
• Não deve ser confundido com a empresa:<br />
o plano de negócios não é o negócio,<br />
mas sua descrição. O plano de negócios<br />
pode indicar que o empreendimento<br />
tem grande potencial de sucesso, mas<br />
também dar evidências de que ele é<br />
irreal, que existem obstáculos jurídicos<br />
ou legais intransponíveis, que os riscos<br />
são incontroláveis ou que a rentabilidade<br />
é aleatória ou insuficiente para garantir<br />
a sobrevivência da empresa ou do<br />
novo negócio. Pode surgir também que<br />
a ação de empreender deva ser adiada;<br />
• É um instrumento de negociação interna<br />
e externa para administrar a interdependência<br />
com sócios, empregados,<br />
financiadores, incubadoras, clientes,<br />
fornecedores, bancos etc.;<br />
• É um instrumento para obtenção de<br />
financiamentos, empréstimos, peça de<br />
persuasão de novos sócios, de controle<br />
interno, de integração da equipe e envolvimento<br />
dos empregados e colaboradores.<br />
10.2 A Importância do Plano de Negócios<br />
Segundo José Carlos Assis Dornelas, em seu<br />
livro <strong>Empreendedorismo</strong>: Transformando Idéias em<br />
Negócios, a importância do plano de negócios de<br />
acordo com Sahlman (1997), professor da Harvard<br />
Bussines School, é que poucas áreas têm atraído<br />
tanta atenção dos homens de negócios nos Estados<br />
Unidos como os planos de negócios.<br />
Dezenas de livros e artigos têm sido escritos<br />
e publicados naquele país sobre o assunto, propondo<br />
fórmulas milagrosas de como escrever um<br />
plano de negócios que revolucionará a empresa.<br />
Isso tem ocorrido também no Brasil, inicialmente<br />
devido ao fervor da nova economia (a internet)<br />
e às possibilidades de enriquecer da noite para<br />
o dia. E mais recentemente devido a programas<br />
específicos de capacitação de empreendedores<br />
em todo o país, em que o plano de negócios se<br />
tornou o foco principal.<br />
O cuidado a ser tomado é o de escrever um<br />
plano de negócios com todo o conteúdo que se<br />
aplica a esse documento e que não tenha números<br />
recheados de entusiasmo ou fora da realidade.<br />
Nesse caso, pior que não planejar é fazê-lo erroneamente<br />
e, pior ainda, conscientemente.<br />
Essa ferramenta de gestão pode e deve ser<br />
usada por todo e qualquer empreendedor que<br />
queira transformar seu sonho em realidade, seguindo<br />
o caminho lógico e racional que se espera<br />
de um bom administrador.<br />
É evidente que apenas razões e raciocínio<br />
lógico não são suficientes para determinar o<br />
sucesso do negócio. Se assim ocorresse, a arte<br />
de administrar não seria mais arte, apenas uma<br />
atividade rotineira, onde o feeling do administrador<br />
nunca seria utilizado.<br />
Mas existem alguns passos, ou atividades<br />
rotineiras, que devem ser seguidos por todo<br />
empreendedor. A arte estará no fato de como o<br />
empreendedor traduzirá esses passos realizados<br />
racionalmente em um documento que sintetize e<br />
explore as potencialidades de seu negócio, bem<br />
como os riscos inerentes a ele.<br />
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